A operação, que deve se prolongar por 15 dias, sob a coordenação do Departamento de Defesa Agropecuária, envolverá veterinários e auxiliares da Unidade de Defesa Agropecuária instalada no município, contando com o apoio de técnicos do Serviço de Doenças Parasitárias e da Supervisão Regional de Pelotas.
Segundo o médico veterinário, Ivo Kohek Junior, do Serviço de Doenças Parasitárias e Programa Estadual de Sanidade Ovina, foram notificadas pelo menos 16 propriedades rurais onde estão lotados cerca de nove mil animais. As equipes especializadas farão o tratamento dos animais afetados.
Para entender
A sarna é um ectoparasita (parasita de peles, parasita externo) causado pelo ácaro Psoroptes ovis, que causa danos devastadores nos ovinos, especialmente naqueles produtores de lã.
A parasitose causa intensa coceira quando o ácaro perfura a pele dos ovinos para se alimentar de soro, levando à diminuição do apetite e consequentemente, ocasionando diminuição dos índices produtivos. Além disto, denigrem a qualidade da lã, ocasionando elevadas perdas econômicas.
As perdas de peso nos animais parasitados podem levar ao aumento do tempo de abate e as complicações originadas podem afetar características produtivas de grande relevância para o setor. O ciclo biológico tem uma duração de 10 a 12 dias e as fêmeas vivem 30 a 40 dias, e colocam aproximadamente cinco ovos por dia.
História
Esta parasitose teve seu controle e combate iniciado no estado em 1942, pela Secretaria da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul e, desde então, tem-se tido cada vez menos casos registrados, chegando perto da erradicação nos últimos 10 anos. Entretanto, nos dois últimos anos os focos de sarna vêm aumentando na região da fronteira com o Uruguai.
Em 2011, houve dez focos registrados e em 2012, sete. Todos estes focos foram controlados pelo SVO (Serviço Veterinário Oficial) do Estado, contudo, observa-se que alguns focos estão reaparecendo em propriedades já tratadas, e outros novos focos estão surgindo em locais onde não havia casos. E foi isto levou o Serviço de Doenças Parasitárias da Seapa a montar um esquema de tratamento intensivo na região, com a finalidade de controlar os focos.
As informações são do Governo do Rio Grande do Sul, adaptadas pela Equipe FarmPoint.
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