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RS: temporada de ovinos busca liquidez

postado em 23/11/2009

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Ovinocultores esperam fechar bons negócios a partir dessa semana, quando se intensifica a temporada de leilões e feiras de verão no Rio Grande do Sul, apesar do indicativo de preços inferiores aos de 2008. A expectativa tem como referência os dois primeiros remates do circuito, em Cachoeira do Sul e Rio Pardo, quando houve a venda total dos animais, apesar das médias mais baixas. As previsões são bastante semelhantes ao circuito de reprodutores e matrizes de bovinos na primavera.

Às vésperas da época de colocar as ovelhas em cria, matrizes, carneiros e cordeiros para abate são a preferência dos compradores. Até fevereiro, período que concentra a maior parte dos remates, a previsão é que ocorram 23 eventos, conforme a Secretaria Estadual de Agricultura e as principais leiloeiras.

O cenário não preocupa os organizadores do 5º Texel Premium, promovido por oito cabanhas e que ocorre no dia 28, no Restaurante Internacional do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Para pista, devem ir 60 machos e fêmeas PO e RGB. Há confiança na agilidade que a raça direcionada para a produção de carne obteve neste inicio de temporada, diz o criador Luiz Fernando Nunes.

Organizadores do Mercotexel fazem a mesma aposta. Haverá fluxo e preços moderados, diz David Martins, da comissão de frente do evento, um dos maiores do Rio Grande do Sul e que deve ofertar aproximadamente mil animais entre os dias 22 e 23 de janeiro, em Santana do Livramento.

Com o crescimento do consumo de carne ovina e a produção em expansão no país, Paulo Schwab, presidente da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco), também crê em boa movimentação financeira nas pistas. Para isso, conta com o retorno dos compradores de estados como São Paulo, Santa Catarina e Pará, que, nas duas últimas temporadas, procuraram nos rebanhos gaúchos a matéria-prima para a formação de seus plantéis.

Schwab reforça que o Brasil precisa aumentar a produção de ovinos para assim reduzir a importação de carne de países como Uruguai, tradicional concorrente. "Como o Brasil não é autossuficiente, cerca de 60% do consumo desse tipo de carne no país vem de fora. Aí, o comércio exterior é que dita o mercado", insiste.

As informações são do jornal Correio do Povo/RS, resumidas e adaptadas pela Equipe FarmPoint.

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