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Ruralistas fecham acordo para votar Código Florestal

postado em 24/06/2010

9 comentários
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A bancada ruralista anunciou ontem (23) ter fechado acordo com os líderes dos principais partidos da Câmara dos Deputados para discutir e votar o relatório final do novo Código Florestal Brasileiro nos dias 5 e 6 de julho.

"Já temos consenso para votar. Nosso líder já fechou questão", disse o presidente da comissão especial de reforma do código, Moacir Micheletto (PMDB-PR), em referência ao líder do partido, Henrique Alves (RN). Mesmo contrário a aprovar o texto no plenário da Câmara neste ano, o PT avalizou o acordo: "O PT também concorda em votar", afirmou o vice-presidente da comissão, Anselmo de Jesus (PT-RO). "Há um esforço para votar. Não há atritos dentro do partido", garante o vice-líder do PSDB, Duarte Nogueira (SP). Mas o líder do PV, Edson Duarte (BA), rejeita qualquer acordo. "Conosco não tem acordo com esse relatório. Não queremos que seja votado agora. Deixar para 2011 seria melhor", diz.

Os deputados correm para aprovar o texto de Aldo Rebelo (PCdoB-SP) antes do recesso parlamentar e do início da campanha eleitoral. "Houve tempo suficiente para conhecer o relatório e fazer emendas. Agora, é votar o texto e os substitutivos que forem apresentados em plenário", diz Micheletto.

A bancada ambientalista insiste em deixar o tema para 2011, mas os ruralistas já começaram uma mobilização para pressionar o Congresso a votar o relatório no início de julho. A Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) e a Associação Brasileira de Agribusiness (Abag) trabalham em sintonia com a bancada ruralista para iniciar uma ampla campanha nacional de "esclarecimento" da população sobre as alterações propostas pelo relatório de Aldo Rebelo.

Em conversas com parlamentares e dirigentes de ministérios, o relator Aldo Rebelo (PCdoB-SP) já recebeu várias propostas de alteração no texto. Mesmo contrário à votação do relatório neste ano, o Ministério do Meio Ambiente pediu, entre outros pontos, a retirada da "anistia" a desmatamentos feitos até junho de 2008 e a "moratória" de cinco anos para multas por crimes ambientais. Os ruralistas também fizeram um arrazoado de argumentos para tentar modificar alguns pontos do texto considerados "pouco claros" no relatório de Aldo Rebelo. O relator receberá novas propostas até segunda-feira (28).

A matéria é de Mauro Zanatta, publicada no Jornal Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.

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Comentários

José Ricardo Skowronek Rezende

São Paulo - São Paulo - Produção de gado de corte
postado em 24/06/2010

Torço para que votemos logo o texto. Eventuais emendas e vetos ao texto são naturais no processo. As vezes o desfiguram, mas as vezes o aperfeiçoam. É do jogo democrático. Afinal, quem é o dono da verdade?

Mas o mais importante é discutirmos e definirmos o quanto antes o assunto. A polêmica em torno do tema tem impedido as negociações entre as partes. Mas na hora do voto, do tudo ou nada, as partes terão que fazer uma reflexão sobre o que efetivamente podem ou não ceder.

Sei que sem concessão não há acordo. Não acho bom que ruralistas atropelem ambientalistas, pois as coisas não funcionam assim. Mas também é importante reconhecer que os ambientalistas instalados nos órgãos ambientais do governo e em ONGs não podem continuar impondo sua vontade indefinidamente através de decretos, portarias e instruções normativas. Para isto existe o congresso e as leis.

O equilibrio deve ser dado pelos nossos representantes no congresso.

att,

Wilson da Silva Araujo

Açailândia - Maranhão - Frigoríficos
postado em 24/06/2010

"Enquanto o Brasil continuar deixando se iludir por politicas ambientalistas absurdas, chegara um tempo em que o Brasil nao vai conseguir produzir o suficiente nem mesmo para o consumo interno" Brasil acorda, enquanto deixamos de produzir para preservar, as grandes potencias fazem o contrario Produzem o maximo que pode e desmatam, eles tem um dilema, "Prudução aqui preservação la (Aqui no Brasil), temos de trabalhar e desenvolvermos uma politica ambiental sustentavel, e idignante um pecuarista comprar uma area e so poder produzir 20% desta area e os 80% restante, quem vai pagar ao pecuarista? as ong´s ambientalistas? a onu? enquanto a floresta valer mais derrubada do que em pé, nunca chegaremos a um acordo.

José Antônio dos Reis

Viçosa - Minas Gerais - Consultoria/extensão rural
postado em 25/06/2010

Nem tanto, nem tampouco, como o companheiro do comentário anterior.
Eu só gostaria de ver o brasileiro tomando as decisões por si só; não ficar calcado nas decisões do "ambientalistas de plantão" que seguem a doutrina daqueles que tudo destruíram e nos coagem para fazer o que eles não fizeram em ocasião própria.

Diogo Dias Teixeira de Macedo

São Sebastião da Grama - São Paulo - Engenheiro Agrônomo
postado em 25/06/2010

Gostaria de ver os produtores se unirem, e num ato de respeito a si mesmo, fazer valorizarem a nossa profissão de produtores rurais ... assim deixar de produzir um (1) ano ... acho que nem precisa disso ... uma safra ... assim os consumidores, em especial os ambientalistas de plantão que não conhecem a realidade em que o produtor vive, iriam ver "arder" no bolso sua luta (sentado a bunda na cadeira) por um ambiente melhor.
Acho isso tudo um desrespeito a produtores como nós, que buscamos uma agricultura sustentável, ter que arcar com todo o custo e burocracia ambiental ... para esses ambientalistas que moram na cidade, gostaria de ver desapropriarem 20% de sua casa, ou se moram próximo a um rio, que fossem expulsos dela para recomporem a APP do rio, que o fizessem tratar seu esgoto e que retirem todas as casas de encostas de morro.
Não aguento mais ver essa discussão!!! Se é para fazer que façam direito e com direitos ... cobrem das cidades tudo que cobram dos produtores rurais!!!!

Carlos Eduardo Costa Maria

Anhembi - São Paulo - Instituições governamentais
postado em 26/06/2010

É muito importante, para que o País se confirme como verdadeira potência mundial na produção de alimentos,que se tenha uma legislação ambiental viável que alie a agricultura e pecuária sustentável com o máximo de preservação ambiental e para isso é necessário muita clareza nos objetivos na reformulação do atual código que não seja feitas ás pressas e nem em beneficiamento de nenhuma ideologia qualquer a não ser aquela em estrita consonância com o ideal de desenvolvimento e melhoria na qualidade de vida de nossos cidadãos.

GILMAR OCCHI

Canarana - Mato Grosso - Food service
postado em 27/06/2010

coerência, a mãe da sustentação
é isso que precisamos para resolver esta questão, não faz muito tempo que escutei ministro dos transportes dizer que o brasil teria que dobrar a produção nos próximos quinze anos e naquele momento preocupado com a infrainstrutura de escoamento e aí ficar bitolados a idéia dos ecobobos que difundem a necessidade de salvar o meio ambiente, hora tudo é jogo de interesse e qual seria a dos ambientalistas, porque a nossa é produzir até mesmo pela necessidade de alimentação e não só nossa mas do mundo todo que em sua maioria esta limitado a espaço territorial, mas letreando nesse assunto entendo que pecamos no passado e o que precisamso hoje é sermos coerentes olhando a produção como foco principal mas em contra partida respeitar o maio ambiente de forma sustentável de iqual teor e forma nos dois extremos, ambiente e produção

Jucelino dos Reis

Cascavel - Paraná - Produção de gado de corte
postado em 28/06/2010

Correto o comentário do Sr. Diogo Macedo. Ambientalismo é ideologia. Se não fosse, os eco-chatos estariam atacando o problema da natalidade, que é onde mora o problema. Controle-se a natalidade , diminuindo a população do planeta e sobrará muita terra para reservas , parques, e outros ambientes ecológicos. Mas eco-chatos não estão interessados nisso, mas sim em azucrinar o produtor, que fica impotente.

LEONISIO LEMOS MELO JUNIOR

Peixoto de Azevedo - Mato Grosso - Produção de gado de corte
postado em 30/06/2010

Espero que prevaleça o bom senso, a justiça e a imparcialidade, contemplando todos os setores da sociedade, e particularmente os produtores rurais de todo o brasil e em especial os da amazonia legal, tão penalizados e injustiçados
a proposta é boa. poderia ser melhor, mas já houve um avanço. somos a favor de uma politica e de leis que priorizem a preservação e o desenvolvimento sustentável, sem o radicalismo de ongs a serviço do capital externo. não podemos abrir mão da união de todos em defesa do bem comun. as futuras gerações vão nos cobrar isso. parabéns a todos que de uma forma ou de outra estão contribuindo para uma solução consensual. minhas sinceras homenagens ao sr. aldo rebelo, extensivo a todos os demais participantes. parodiando o sr roberto rodrigues, ex ministro da agricultura; florestas aqui, fazendas aqui.

JERONIMO GOMES DAVID

Barra do Garças - Mato Grosso - OUTRA
postado em 13/07/2010

Boa tarde a todos.
gostaria de saber como vai ficar a situação do fazendeiro que tem uma fazenda com apenas 10% dela aberta e tem direito de abrir 50% ou 65%?
vai ter que ficar 5 anos sem conseguir liçensa para abrir o que por direito ele pode? os orgãos já não estavam dando liçensa pela demora do georeferenciamento.

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