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Ruralistas querem dobrar participação no Congresso

postado em 22/03/2010

7 comentários
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Cerca de 2 milhões de produtores ligados a sindicatos rurais, federações de agricultura e cooperativas iniciaram um amplo movimento político de mobilização para dobrar o tamanho da influente bancada ruralista no Congresso Nacional. Autorizadas pela nova lei eleitoral a doar recursos para campanhas, as cooperativas já preparam listas de candidatos que devem ser eleitos em outubro.

"Vamos apoiar gente de todos os partidos. Não interessa a cor, mas o credo na doutrina cooperativista", resume o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas. Aprovada em setembro de 2009, a Lei nº 12.034 permitiu a doação de até 2% do faturamento bruto desse grupos a campanhas eleitorais.

Em São Paulo, as cooperativas farão, nesta semana, três seminários estaduais para pregar o voto em candidatos do segmento. "Mais do que doação financeira, nossa força estará nos votos", diz o presidente da Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp), Edivaldo Del Grande. "Temos que fazer o lobby saudável e eleger uma bancada com os nove milhões de votos potenciais de que dispomos".

Dona de uma base composta por mais de um milhão de produtores, a Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) incorporou a meta de apoiar e buscar doações a campanhas de parlamentares ligados ao setor. "É lobby, sim. Mas é lobby positivo. Vamos nos organizar financeiramente para que nossos candidatos sejam apoiados", diz a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu (DEM-TO), pré-candidata ao governo estadual.

Batizada de Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), a bancada ruralista tem hoje 266 deputados e senadores filiados. Mas os membros "efetivos" se resumem a 90 congressistas. A Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) reúne 227 congressistas, dos quais apenas cerca de 30 membros têm atuação decisiva nas disputas de bastidores. Ou seja, o movimento politico dos ruralistas poderia aumentar essa "efetividade" para até 240 parlamentares. "Se dobrar mesmo, será ótimo. Mas os eleitos têm que se comprometer com as demandas do setor", diz Kátia Abreu.

O reforço na mobilização dos ruralistas reflete, em boa medida, as disputas da bancada contra militantes ambientalistas do Congresso. As brigas pela reforma das leis ambientais converteram um grupo maior de produtores para a luta política. O senador Osmar Dias (PDT-PR), pré candidato ao governo do Paraná, atribui as dificuldades em aprovar a reforma do Código Florestal ao tamanho reduzido da bancada ruralista. "Mas o setor despertou, entendeu que o Congresso interfere na vida diária dos produtores", diz. "As cooperativas também acordaram que, sem representantes, perdem espaço econômico e político. Por isso, vão nos ajudar", afirma o senador ruralista.

A matéria é de Mauro Zanatta, publicada no jornal Valor Econômico, adaptada e resumida pela Equipe AgriPoint.

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Comentários

João Adalberto Ayub Ferraz

Campo Grande - Mato Grosso do Sul - cria, recria, engorda
postado em 22/03/2010

Chegando tarde a consciência para formação da bancada, será que o maramo do produtor rural vai se mobilizar?
Espero milagres. A dor ensina gemer.
Vamos la companheiros............

J.Ferraz

Márcio Teixeira

Uruana - Goiás - Produção de leite
postado em 22/03/2010

Sempre aparecem no ano da eleição... Q pena !

Geraldo Perri Morais

Araçatuba - São Paulo - Produção de gado de corte
postado em 23/03/2010

Acho que este é o caminho correto porque , somente com uma firme força de parlamentares que apoiam o setor, teremos sucesso em nossas verdadeiras demandas.

Geraldo Perri Morais---ABRAPEC

Vicente Romulo Carvalho

Lavras - Minas Gerais - Trader
postado em 23/03/2010

Já usei este espaço por diversas oportunidades, para deixar claro meu ponto de vista, que sou totalmente contra ficar reclamando do Governo a, b ou c., bem como, repudiar os incentivos que Governos externos oferecem a seus produtores. Temos é que ocuparmos, da forma mais democratica possível e, sem qualquer demogogia, os espaços políticos, em todos os níveis de Governo, notadamente no Parlamento Central(Congresso Nacional), com pessoas competentes e identificadas com o agronegócio. As colocações contidas no presente artigo, acredito ser o caminho e, que se ocupado de forma correta, não terá volta. Estava esperando um pouco, para fazer minha intervenção mais à frente, porque tenho um certo precentimento, que as colocações em questão, não despertará a nossa classe que visita este espaço, da grande importância que as mesmas representam. Pois, salvo melhor juízo, observo que boa parcela de produtores, paciente e/ou comodamente, se deixam, sempre e, de há muito, levar por vagas e/ou falsas promessas, de quem, na verdade, não tem qualquer identidade com o agronegócio. Abro, com certa frequência, o endereço eletrônico de determinados parlamentares que venderam seu peixe nas campanhas como gente nossa e, que tudo prometeram e, lamentavelmente, com raras excessões, não vejo qualquer proposição dos mesmos, na defesa e/ou busca de soluções para situações até mesmo pontuais, que venham frontalmente bater de frente com nossos interesses, às vezes até afrontando a legislação que regula à espécie, como foi o caso da que envolveu o código florestal, dentre outras. Foi só haver uma ocupação do espaço, envolver a midia e boa parte dos parlamentares se envolverem, que a coisa mudou de figura. Assim, por acreditar que este é o caminho e, até mesmo com ambições além das colocadas, o que me resta, com todo respeito, é parabenizar o ilustre articulista. Abraços.

DARLANI PORCARO

Muriaé - Minas Gerais - Produção de leite
postado em 26/03/2010

Realmente, se o produtor rural desse país, naõ tiver uma ajuda pór parte do governo , seja ele ,Federal ,Estadual ou Municipal , ajudando em seu custo de produção ou melhores técnicas prá elaboração de projetos rurais, seja quais forem, precisamos de pessoas competentes, e compromissadas com o melhor para o agronegócio. E nada melhor que os sindicatos dos produtores para nos orientar sobre essas pessoas .

Geisson Schirmann Vasconcelos

Formigueiro - Rio Grande do Sul - Produção de leite
postado em 26/03/2010

Realmente espero que a classe de produtores se unam em torno deste projeto político, mas para isso acontecer é preciso mobilizar. E isto começa pelos sindicatos.
Precisamos de representantes realmente comprometidos com o agronegócio, seja ele, grande ou pequeno.
Vamos mobilizar, um abraço

José Brígido Pereira Pedras Júnior

Belo Horizonte - Minas Gerais - Advogado e Fazendeiro
postado em 09/04/2010

A noticia que nos chega, através da equipe AgriPoint sobre matéria de MAURO ZANATTA, estampada no Jornal Valor Econômico, de que ruralistas querem dobrar participaçào no Congresso, é alvissareira.
É necessário que o produtor rural, essencialmente de espírito democrático, se movimente, pelos meios legítimos, para defesa da grande alavanca mundial que é a produção agropecuária. É necessário, como estamos num Estado Democrático de Direito, que nos unamos e nos movamos com o propósito de nos fazer reconhecidos e respeitados perantes dos detendores do Poder Público. Assim, estão de parabens nossas lideranças rurais - e as temos competentes, valorosas, bem intencionadas - quando procuram nos conduzir, nós produtores rurais, para um caminho democrático de luta pela eleição de pessoas comprometidas com o setor rural, ou, em outras palavras, com o bem estar do povo brasileiro. É desnecessário assinalar que é na produção rural que está a salvação de nossa querida Patria. Parabens. José Brígido Pereira Pedras Júnior

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