"Vamos apoiar gente de todos os partidos. Não interessa a cor, mas o credo na doutrina cooperativista", resume o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas. Aprovada em setembro de 2009, a Lei nº 12.034 permitiu a doação de até 2% do faturamento bruto desse grupos a campanhas eleitorais.
Em São Paulo, as cooperativas farão, nesta semana, três seminários estaduais para pregar o voto em candidatos do segmento. "Mais do que doação financeira, nossa força estará nos votos", diz o presidente da Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp), Edivaldo Del Grande. "Temos que fazer o lobby saudável e eleger uma bancada com os nove milhões de votos potenciais de que dispomos".
Dona de uma base composta por mais de um milhão de produtores, a Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) incorporou a meta de apoiar e buscar doações a campanhas de parlamentares ligados ao setor. "É lobby, sim. Mas é lobby positivo. Vamos nos organizar financeiramente para que nossos candidatos sejam apoiados", diz a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu (DEM-TO), pré-candidata ao governo estadual.
Batizada de Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), a bancada ruralista tem hoje 266 deputados e senadores filiados. Mas os membros "efetivos" se resumem a 90 congressistas. A Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) reúne 227 congressistas, dos quais apenas cerca de 30 membros têm atuação decisiva nas disputas de bastidores. Ou seja, o movimento politico dos ruralistas poderia aumentar essa "efetividade" para até 240 parlamentares. "Se dobrar mesmo, será ótimo. Mas os eleitos têm que se comprometer com as demandas do setor", diz Kátia Abreu.
O reforço na mobilização dos ruralistas reflete, em boa medida, as disputas da bancada contra militantes ambientalistas do Congresso. As brigas pela reforma das leis ambientais converteram um grupo maior de produtores para a luta política. O senador Osmar Dias (PDT-PR), pré candidato ao governo do Paraná, atribui as dificuldades em aprovar a reforma do Código Florestal ao tamanho reduzido da bancada ruralista. "Mas o setor despertou, entendeu que o Congresso interfere na vida diária dos produtores", diz. "As cooperativas também acordaram que, sem representantes, perdem espaço econômico e político. Por isso, vão nos ajudar", afirma o senador ruralista.
A matéria é de Mauro Zanatta, publicada no jornal Valor Econômico, adaptada e resumida pela Equipe AgriPoint.
João Adalberto Ayub Ferraz
Campo Grande - Mato Grosso do Sul - cria, recria, engorda
postado em 22/03/2010
Chegando tarde a consciência para formação da bancada, será que o maramo do produtor rural vai se mobilizar?
Espero milagres. A dor ensina gemer.
Vamos la companheiros............
J.Ferraz