Criadores de caprinos e ovinos baianos estiveram em Sergipe conhecendo o Consórcio do Bode. O grupo formado por 34 produtores rurais de Jeremoabo e Pedro Alexandre, ficou admirado como os integrantes da ASCA - Associação Sertaneja de Caprinocultores de Nossa Senhora da Glória, conseguiu se capitalizar e transformar a caprinovinocultura num negócio rentável.
Os 20 criadores sergipanos ligados a ASCA possuem 500 cabeças de animais direcionados para a produção de leite. São cerca de 400 litros diários, que além de ser vendido na lojinha da Associação também é utilizado para fabricar queijos, iogurtes e doces.
Segundo o técnico do Sebrae, Antônio Cardoso de Lisboa, coordenador no Estado do Projeto Aprisco, os integrantes da associação possuem um local próprio para comercializar a produção. "O Ponto do Bode fica na Rota do Sertão, um local estratégico, pois é uma importante rodovia estadual que liga a capital Aracaju a Canindé do São Francisco, divisa com a Bahia e Alagoas", explica Cardoso.
O grupo também está finalizando as obras de uma nova unidade de beneficiamento do leite, mais moderna, que irá atender as normas de saúde nacional. "A proposta é atender as exigências da introdução normativa 51. Os produtos da ASCA já são consumidos na região e também são comercializados em lojas de Aracaju. Com o aval do Ministério da Agricultura os criadores sergipanos terão condição de abrir mercado em outros estados", finaliza Cardoso.
O Consócio do Bode foi criado com a finalidade de aumentar os rendimentos e melhorar a qualidade de vida dos pequenos produtores rurais de Nossa Senhora da Glória - SE. Após serem capacitados pelos consultores e técnicos do Sebrae em Sergipe em empreendedorismo, associativismo e manejo técnico, onde aprenderam como criar e alimentar o animal, e procurando minimizar os problemas com a falta de recursos financeiros, os produtores resolveram iniciar o consócio. Os associados da ASCA adquiriram 140 cabras de leite e dois bodes reprodutores. Conforme Antônio Andrade, integrante da ASCA, a associação já chegou a ter mais de 1500 animais, mas preferiu reduzir e melhorar a qualidade do rebanho. "Atualmente estamos com 500 cabeças, direcionadas principalmente para a produção de leite e derivados. Diminuímos o número de animais, mas aumentamos a produção. Uma parte do dinheiro conseguido com a venda serviu para reinvestir no negócio, inclusive na compra de novos e melhores reprodutores, melhorando significamente a qualidade genética do rebanho", diz o produtor.
As informações são do Plenário - a notícia Agora, resumida e adaptada pela Equipe FarmPoint.
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