De fato, a proporção de gastos com comida em relação à renda familiar caiu em todas as faixas da população naquele período, com quedas mais fortes nas camadas mais baixas. Entre os 10% mais pobres, por exemplo, os gastos com comida eram de quase 45% em 1987 e 1988, e caíram para pouco mais de 25% em 2002 e 2003.
Um dos fatores que pode explicar parte da redução dos gastos com alimentação é a queda relativa dos preços da comida em relação a outros bens no período.
Os economistas destacam que, apesar da queda na proporção da renda gasta com comida, o gasto familiar com alimentos aumentou no período. Em valores de 1996, o gasto médio mensal com comida saiu de pouco mais R$ 800 na POF de 1987-1988 para cerca de R$ 940 na de 2002-2003. O estudo mostra que o avanço no consumo no período foi maior para as famílias mais pobres do que para as mais ricas, com uma redução da desigualdade maior do que se supunha.
Segundo o estudo, a renda real das famílias brasileiras subiu 4,5% ao ano entre 1987 e 2003, muito mais do que o aumento anual de 1,5% dos números oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A tese polêmica revoluciona a visão sobre os resultados das reformas econômicas liberais e pró-mercado do fim da década de 80 e dos anos 90.
As informações são de Fernando Dantas para o O Estado de S. Paulo.
Nestor Luiz Breda
São Miguel d'Oeste - Santa Catarina - Pesquisa/ensino
postado em 27/02/2007
O que está escrito nos parece normal. A medida que as pessoas aumentam a renda, o percentual da renda gasta em alimentação e relação ao total da renda tende ser menor. Gostaria de lembrar que as necessidades alimentares tem o limite do estômago do consumidor. As outras necessidades e desejos reprimidos com a renda baixa não tem limites para o ser humano. Portanto o percentual gasto com outros bens tende ser maior. Esta visão também devem ser considerada, não somente os preços baixos dos alimentos.
Abraços
Nestor Luiz Breda