A taxa básica Selic está em 13,75% anuais. A maioria do mercado espera que seja reduzida para 13% anuais. Isso levaria os juros reais (a Selic descontada a inflação) para 7,8% ao ano. Em segundo lugar no ranking mundial, aparece a Hungria, com taxa real de 5,8%.
Os juros reais são calculados tendo por base a taxa básica de cada país e descontando dela a projeção para a inflação nos 12 meses seguintes. O ranking é calculado pela UpTrend Consultoria Econômica, que considera um leque de 40 países.
Enquanto os bancos centrais das principais economias do mundo têm cortado as suas taxas, no Brasil a Selic tem permanecido no mesmo patamar. Com isso, a liderança do país no ranking mundial apenas tem se solidificado.
O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) iniciou ontem sua primeira reunião de 2009. Hoje, anunciará como fica a taxa Selic, que serve de parâmetro para os juros cobrados no mercado financeiro.
"Neste momento, é mais importante que o Copom sinalize que deu início a um ciclo de redução da taxa básica do que o tamanho do corte que virá amanhã [hoje]", afirma Jason Freitas Vieira, economista-chefe da UpTrend Consultoria Econômica.
"Acho menos provável que o Copom comece a reduzir os juros, como alguns esperam, com um corte de um ponto percentual, devido a seu perfil conservador. Agora, se o BC resolvesse manter a taxa básica, surpreenderia negativamente o mercado. Com o enxugamento de crédito que temos vivido, seria um excesso de zelo injustificável", diz o economista.
A taxa real de juros é um importante referencial para o setor produtivo definir e planejar como serão feitos seus investimentos no futuro. Quando os juros reais estão em níveis mais elevados, as empresas ficam desestimuladas para realizar investimentos e ampliar sua produção.
Uma das justificativas para os juros permanecerem nesse alto patamar, além do risco inflacionário, é que essa decisão eleva a atratividade do país para o capital externo.
A matéria é de Fabricio Vieira, publicada no jornal Folha de S. Paulo, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.
Evándro d. Sàmtos
Guarulhos - São Paulo - Frigoríficos
postado em 21/01/2009
Talvez, não uma baixa tão grande como 3%, que seria espetacular!
Mais talvez uma redução de 1,75% já seria ótimo. Além, de neste momento, não oferecer nenhum tipo de risco a inflação, visto que o momento é de clara desaceleração de preços, estamos em plena deflação, quase que generalizada.
Os empregos também estão sucumbindo no atual cenário.
Penso que o BC deveria ser um ator mais galã neste momento.
Se a queda dos juros fosse pelo menos neste patamar, poderia sim, o desemprego diminuir.
É certo que não deveremos passar pelas mesmas dificuldades dos paises ricos, mas aqui é terra de "gato escaldado", e olhando por esta ótica, o desemprego pode atingir índices irracionais para o momento.
Logo, neste momento, o BC ser menos conservador, seria com certeza entendido pelo mercado, que uma diminuição deste porte faria parte de um "pacote" de medidas anti-cíclicas, o que seria muito salutar para a manutenção dos empregos.