Porém, há recursos tanto para custeio agropecuário como investimentos para quem tem rendimento agropecuário bruto de até R$ 360 mil ou R$ 12 mil mensais. Os recursos nas carteiras de investimentos têm, em 2012, leve aumento em relação ao ano passado. Mais de 100 mil famílias no semiárido cearense são diretamente beneficiadas com o aporte anual de recursos para o setor agropecuário.
Os empreendimentos agrícolas cearenses, desde o agricultor familiar, movimentam a economia por meio dos financiamentos que conquistam junto aos bancos e, especialmente, na intervenção do Governo Federal, por meio de programas de estímulo à renda agrícola.
O setor que não brilhava 15 anos atrás tem, hoje, garantia de investimentos - mais do que de interessados. De um mesmo lado, estão agricultor familiar e miniprodutores rurais, que se somam aos empresários e, juntos, têm gerado o crescimento econômico do setor, que já é o que mais cresce no Brasil, de acordo com o último censo do IBGE.
O Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf) beneficiou diretamente, no ano passado, cerca de 85 mil famílias que receberam R$ 345 milhões por meio do Banco do Nordeste (R$ 205 milhões) e Banco do Brasil (R$ 140 milhões). O BNB estima um aumento de R$ 8 milhões em relação ao ano passado em seu financiamento pelo Pronaf. É esta linha de crédito que mais beneficia o agricultor cearense.
A gerência de agronegócio do Banco do Brasil anunciou um saldo de aplicações no Ceará de R$ 139,8 milhões na agricultura familiar. O benefício direto foi para 25.830 famílias. O valor representa 47,48% do que o banco disponibiliza em sua carteira de investimentos para o agronegócio. Outros 303 contratos são por meio do Pronaf Reforma Agrária e mais 56 contratos do Planta Brasil.
É também o Pronaf que tem mais facilidade na aquisição de crédito, pois não é obrigatório que o agricultor seja o proprietário do terreno para que consiga o financiamento. É necessário que ele forneça a Declaração de Aptidão ao Pronaf (emitido pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário), um documento que comprove a relação do agricultor com a terra.
"Procuramos aprovar as aplicações de crédito dos projetos que são apresentados às nossas unidades, com observância aos nossos normativos e as regras do Pronaf, verificando a viabilidade de cada um deles e buscando, quando for o caso, ajustar as garantias de acordo com as regras da linha de crédito do programa e com a realidade de cada cliente", explica Edgard Castello Branco, gerente executivo na superintendência estadual do Banco do Nordeste.
Conforme Edgard, os fundos de aval para os agricultores familiares possibilitam a tomada de crédito, no caso das linhas do Pronaf, sem a obrigatoriedade de garantias reais.
As informações são do Diário do Nordeste, resumidas e adaptadas pela Equipe AgriPoint.
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