Para a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu, o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia é essencial aos dois lados. Para os europeus, pode resultar em aumento das exportações, equilibrando as contas do bloco, que enfrenta uma grave crise econômica. O interesse brasileiro é ter acesso preferencial a um mercado de 508 milhões de habitantes e renda de US$ 17 trilhões. “Além disso, a Europa é a porta de entrada para mercados que se balizam pelas regras europeias de comércio para adquirir produtos”, acrescenta.
A CNA propôs que o posicionamento do setor seja reunido numa carta, a ser remetida para os ministros da Câmara de Comércio Exterior (CAMEX) – Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC); Casa Civil; Relações Exteriores; Fazenda; Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG); e Desenvolvimento Agrário (MDA). A CAMEX é o órgão formulador das políticas externas brasileiras. O texto inicial foi apresentado nesta sexta-feira. A versão final da carta será conhecida nos próximos dias.
Na reunião, o embaixador Clodoaldo Hugueney, consultor da CNA para negociações internacionais, lembrou da importância crescente do agronegócio no Brasil e em termos mundiais. Por sua vez, a presidente da CNA avalia que o setor está pronto para um novo desafio comercial. “O agronegócio brasileiro tem investido em tecnologia e vem superando desafios para melhorar a sua competitividade. O setor está fortalecido e organizado por meio de suas instituições representativas”, afirmou.
Representantes da União Brasileira de Avicultura (UBABEF), da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), da Associação Brasileira de Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja) e da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs) participaram da reunião. O presidente do Instituto CNA (ICNA), Móises Gomes; a superintendente técnica da CNA, Rosemeire Cristina dos Santos, e a superintendente de relações internacionais, Tatiana Palermo, também participaram da reunião.
Para a superintendente de relações internacionais da CNA, a intenção é que outras entidades representativas nacionais sejam incorporadas ao grupo, fortalecendo o posicionamento do setor agropecuário. Essa adesão não ficará limitada ao Brasil e poderá ser estendida às entidades representativas do agronegócio dos demais países do Mercosul.
As informações são da Assessoria de Comunicação CNA, adaptadas pela Equipe AgriPoint.
Envie seu comentário: