A idéia de criar uma Câmara Setorial vinha sendo estudada há quase um ano pelo presidente da Associação Paulista dos Criadores de Ovinos (Aspaco), Arnaldo Vieira. Ele encontrou apoio da Associação Paulista dos Criadores de Caprinos (CapriPaulo) e levou a idéia adiante.
A reunião contou com aproximadamente 50 pessoas, representantes de todos os elos da cadeia produtiva: produção, insumos, indústria, distribuição, pesquisa, extensão, cooperativismo e governo.
Na primeira parte do encontro o Engenheiro Agrônomo Nelson Pedro Staudt, secretário geral de todas as Câmaras Setoriais da Secretaria, apresentou os objetivos de uma Câmara Setorial, sua estrutura, rotina e atividades principais. O secretário se revelou impressionado com o número de pessoas e o entusiasmo dos participantes.
Após a apresentação, os presidentes das duas associações colocaram aos presentes a importância da participação de todos os setores nas discussões da Câmara, para que haja real representatividade da situação em que as atividades se encontram. Destacaram também que o objetivo da Câmara Setorial é dar abertura à ovinocaprinocultura junto ao governo, com base na percepção dos problemas enfrentados por cada elo.
Muitos participantes também manifestaram suas opiniões sobre a importância da iniciativa. Sílvio Doria, da Capritec, enfatizou que nesses 30 anos de convívio com a ovinocaprinocultura, viu momentos de euforia e de decepções. Agora acredita que o momento é de consolidação.
Enio Queijada, coordenador do Projeto Aprisco do Sebrae, alertou para alguns pontos, baseado na sua experiência com a Câmara Nacional de Ovinos e Caprinos, da qual faz parte. "Temos que evitar qualquer tipo de segregação, seja de raças, de espécie, pois o ponto mais importante para essa consolidação é a integração." Falou também que o papel da Câmara é formalizar as demandas e levar aos responsáveis as possíveis soluções.
O próximo passo para a formalização da Câmara é uma nova reunião, que será ser realizada ainda este ano, na qual será feito um referendo para oficializar o desejo dos representantes da cadeia produtiva em criar uma Câmara Setorial. Após o referendo, haverá uma cerimônia de assinatura e a escolha do presidente e membros da Câmara. Os idealizadores acreditam que no início do ano que vem o procedimento se conclua e a Câmara possa começar a atuar.
Marina A. Camargo Danés, Equipe FarmPoint
Pedro Victorino Freitas da Costa
Avaré - São Paulo - Distribuição de alimentos (carnes, lácteos, café)
postado em 16/10/2006
Este tipo de inicitiva é muito bem vinda para o mercado, só acho que as pessoas podem e devem fazer da câmara um local onde se busque o anseio da coletividade, desde o micro até o grande ovinocaprinocultor.