O ministro ressaltou que é preciso haver o reconhecimento pelos agricultores de que sua atividade é responsável pela emissão de carbono por conta da extensão territorial do País e da abrangência do setor. Ele citou como outros emissores importantes também a extração de carvão e de petróleo. "A questão é que, infelizmente, ainda não descobrimos outra forma de produzir se não pelo desmatamento. Por isso a Europa está careca", observou.
Stephanes mostrou-se satisfeito por ter sido chamado pelo presidente Lula para participar da posição brasileira em relação aos debates sobre mudanças climáticas. "Até dois meses atrás, a Agricultura não participava dos debates. Em São Paulo, o presidente puxou mais uma cadeira para o ministro da Agricultura também debater o tema", relatou.
Para ele, a importância do setor é tão grande em relação às discussões sobre as mudanças climáticas do planeta, que a agricultura poderá se transformar no centro dos debates. "A agricultura reconhece suas responsabilidades, mas tem a capacidade de fazer um bom trabalho nessa área", afirmou.
O ministro aproveitou a ocasião para comentar também impasses entre a agricultura e o meio ambiente. Ele voltou a criticar o fato de as atuais leis em vigor terem sido confeccionadas por apenas um dos lados envolvidos, o do meio ambiente. "Os produtores não foram ouvidos e muitos erros foram cometidos", resumiu. Stephanes também reafirmou que não defende a flexibilização do Código Florestal atualmente em vigor, mas que deseja a correção de pontos que, a seu ver, estão errados. "Se não for bem feito, isso poderá trazer grandes perdas para a agricultura", alertou.
O ministro voltou a apresentar números representativos dessas perdas caso o decreto presidencial que estabelece o início das sanções para os produtores em desconformidade com o Código Florestal comece a valer no próximo dia 11 de dezembro. Um deles é a redução em 15 milhões de toneladas de produtos no Paraná, e a possibilidade de desapropriação de 1 milhão de propriedades em todo o País. "Estes são dados que nenhum ambientalista contesta", disse.
A matéria é de Célia Froufe, para a Agência Estado, adaptada e resumida pela Equipe AgriPoint.
Maria Luzineuza Alves Gomes da Maia
Marabá - Pará - Instituições governamentais
postado em 12/11/2009
Prezados, este assunto referente ao Código Floestal, tem dado o que falar nos bastidores dos sindicatos e associações de produtores e agricultores rurais, sabemos que no passado para um produtor conseguir uma fatia de terra para trabalhar, ambos tinham que desmatar, pois se não fizesse isso nao seriam contemplados, e hoje estão correndo o risco de não poderem mais trabalhar em suas propriedades devido esse impasse.
Uma das soluções para se conseguir corrigir um erro do passado, ainda será trabalhar junto a Embrapa com o projeto de Integração Lavoura Pecuária e Floresta, sendo que para que isso aconteça de forma positiva, haverá a necessidade de buscar outros parceiros, pois esta tecnologia exige uma assistencia técnica constante, linhas de créditos para adquirir as sementes, mudas, plantio, etc. Com relação a assistência técnica, sabemos que temos problemas constantes, principalmente no Pará, e demais estados brasileiros.
O ministro Stephanes, está de parabéns por defender sempre a nossa agricultura, pois o alimento que sustenta as nossas familias no dia - dia, vem da agricultura familiar. Sabemos que os grandes produtores não têm interesse em vender para o mercado interno.