Segundo informações do Estado Online, o ministro comentou que os preços das commodities subiram nos últimos meses por conta, inclusive, de um componente especulativo nos mercados de derivativos. Essa especulação, segundo ele, provocou "uma queda razoável" nos preços dos alimentos. Stephanes salientou que o mundo vive uma "segunda onda" de crise, mas que "ninguém sabe ao certo qual é o seu tamanho". Mesmo assim, ele reforçou que os preços dos alimentos não devem cair, pois o componente especulativo já foi eliminado do mercado.
Em termos de exportação, o ministro observou que não haverá prejuízos para o Brasil, mesmo se houver um enfraquecimento da economia mundial. Para Stephanes, a crise atual deve atingir os países desenvolvidos. Segundo ele, boa parte da exportação brasileira vai para os países em desenvolvimento. A China, por exemplo, tem se apresentado como principal comprador de alimentos do Brasil. O ministro disse, ainda, que as previsões de exportações para o ano estão mantida.
Segundo o jornal Folha de SP, alguns analistas também acreditam que a crise financeira que abala o mercado norte-americano terá pouca influência sobre o agronegócio brasileiro. Outros afirmam que é cedo para uma análise das conseqüências. Em uma coisa analistas e produtores concordam: a alta do dólar em relação ao real dará novo fôlego ao agronegócio, principalmente porque esse setor depende das exportações.
"Essa crise internacional vai passar ao largo da agroindústria brasileira, comparada a outros setores." A afirmação é de Victor Abou Nehmi Filho, gerente da Sparta, administradora de fundos de investimento. "A maré vai continuar favorável às commodities, embora ainda não seja possível fazer muita festa", afirma.
Já Fernando Muraro, da Agência Rural, de Curitiba, está preocupado. Dos três itens que seguravam os preços elevados no primeiro semestre, um já deixou de dar esse suporte: os fundos de investimento. "Os estoques se mantêm baixos, mas ainda há dúvidas sobre o que vai acontecer com a renda. O agronegócio brasileiro precisa ficar de olho na economia asiática", diz Muraro.
As informações são do Estado Online e do jornal Folha de SP, resumidas a adaptadas pela equipe AgriPoint.
Vicente Romulo Carvalho
Lavras - Minas Gerais - Trader
postado em 16/09/2008
Este negócio de presidente do Banco Central, Ministro da Fazenda, Ministro da Agricultura e outras autoridades constituídas, dando entrevistas e, dizendo que a crise, não atingirá o Brasil, com a devida vênia, deixa grandes preocupações.
Pois, jamais uma pessoa de Governo, poderia admitir ao contrário. Vamos rezar que que tais declarações venham a prevalecerem, seria o bom, notadamente para o setor produtivo. Todavia, mais cedo ou mais tarde, nós produtores, vamos ver nossos custos subir e, nossos preço baixarem, em razão desta crise e, estas mesmas autoridades dizerem, isto é porque o câmbio está alto, isto é porque as exportações retrairam, isto é porque houve fuga de capitais. Se estava as mil maravilhas lá fora e, nós da cadeia produtiva do leite, já estávamos com dificuldades, que será de nós. Cautela e caldo de galinha não faz mal a ninguem.
Vamos enchergar nestas entrevistas, como recomendações de cautelas, porque na verdade, não se sabe nem qual é a verdadeira crise, cada dia surge um fato novo.