Fechar
Receba nossa newsletter

É só se cadastrar! Você recebe em primeira mão os links para todo o conteúdo publicado, além de outras novidades, diretamente em seu e-mail. E é de graça.

Técnicas simples melhoram a produção de caprinos no semiárido

postado em 29/01/2013

3 comentários
Aumentar tamanho do texto Diminuir tamanho do texto Imprimir conteúdo da página

 

Pequenas mudanças de práticas na criação de caprinos podem apresentar bons resultados para os produtores do sertão do Nordeste. Um estudo realizado na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em Petrolina (PE), mostra que a adoção de algumas técnicas simples permitem melhores desempenhos produtivos dos animais, o que implica em maior rentabilidade da atividade.

Os experimentos estão sendo conduzido pelo pesquisador da Embrapa Semiárido Tadeu Vinhas Voltolini e pelo médico veterinário Jair Campos Soares, mestrando em Ciência Animal pela Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf). O foco do sistema de produção analisado é a alimentação e o manejo dos animais.

Tradicionalmente na região, a criação de caprinos é praticada de forma extensiva, com a alimentação baseada exclusivamente na vegetação nativa da caatinga. Segundo os pesquisadores, esta base alimentar é insuficiente tanto em termos de quantidade quanto de qualidade, e a perda de peso provocada especialmente no período da seca compromete o desempenho reprodutivo das fêmeas e o peso das suas crias.

Já no sistema de criação proposto na pesquisa, utiliza-se uma combinação da vegetação nativa e reserva de forragens. “Quando está verde, criamos o rebanho na caatinga – sem exceder a quantidade de animais alimentados com essa vegetação –, e quando está seco usamos outras estratégias para a alimentação, como a palma, o capim bufel, a pornunça, a maniçoba e a melancia forrageira, a maioria sendo conservada na forma de feno e silagem ”, explica Tadeu Voltolini.

Quanto ao manejo dos animais, uma das principais técnicas adotadas é a estação de monta, em que os machos são mantidos separados do rebanho, e colocados junto às fêmeas somente no período programado para a reprodução. Dessa forma, o nascimento, o desmame e a engorda dos animais podem ser planejados, dando atenção a cada uma dessas atividades - o que representa melhor manejo dos animais em associação com a otimização da mão-de-obra da propriedade.

De acordo com Jair Soares, nesse sistema de produção, o índice de mortalidade das crias foi de apenas 5%, número considerado baixo quando comparado ao sistema tradicional de criação extensiva, que chega a ser superior a 30%. Além disso, a fertilidade das fêmeas alcançou 75%, valor bastante superior ao normalmente encontrado na região. “Com uma alimentação e manejo adequados, a eficiência reprodutiva dos animais aumenta”, explica o veterinário.

Para o pesquisador Tadeu Voltolini, esses são resultados que vão levar a propriedade a ter um melhor retorno econômico. Os dados da pesquisa foram obtidos no ano de 2012, marcado pela maior estiagem das últimas décadas no Nordeste. “Isso mostra que mesmo em um período de seca, técnicas simples fazem grande diferença em um sistema de produção”, avalia.

As informações são da Embrapa, adaptadas pela Equipe FarmPoint.
 

Avalie esse conteúdo: (e seja o primeiro a avaliar!)

Comentários

LUIS ANTONIO SOARES

Natal - Rio Grande do Norte - Produção de caprinos de corte
postado em 30/01/2013

Todos os manuais e técnicas apresentados pelas empresas de assistencia técnica veterinarias sinalizam para estes métodos, porém o que falta da parte dos governos é suporte técnico efetivo, chegando junto ao pequeno e médio produtor. Outros meios seria massificar essas infomações de forma mais abranjente e numa linguagem acessivel e compreensível ao produtor. Ou ainda mobilizar as instituições e associações para fazer esse trabalho, tão importante, que terá uma resultante socio-financeiro satisfatória.

Cecilio Balbino

Feira de Santana - Bahia - Técnico
postado em 02/02/2013

Concordo com o comentário de Luis Antonio, acrescento que o compartilhamento de informações  e troca de experiências entre produtores é de grande importância.
A assistência Técnica trás retornos imprescionantes, mas isso quando é uma assistência continuada e não apenas de inicio de projeto.
Acredito que numa região produtora PODERIA  SER interessante uma cooperativa, que tenha pelo menos uma pessoa por grupo de produtores preparada para fornecer essa assistência. Mas essa iniciativa deve ser tomada pelos proprios criadores grandes e pequenos principalmente.

Robson Ferreira

Picuí - Paraiba - Estudante
postado em 03/02/2013

Parabéns a equipe, que elabora bons artigos.

Quer receber os próximos comentários desse artigo em seu e-mail?

Receber os próximos comentários em meu e-mail

Envie seu comentário:

3000 caracteres restantes


Enviar comentário
Todos os comentários são moderados pela equipe FarmPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

Copyright © 2000 - 2024 AgriPoint - Serviços de Informação para o Agronegócio. - Todos os direitos reservados

O conteúdo deste site não pode ser copiado, reproduzido ou transmitido sem o consentimento expresso da AgriPoint.

Consulte nossa Política de privacidade