Os ADR são pessoas das próprias comunidades rurais que recebem capacitação técnica para orientar os produtores sobre manejo, controle de pragas, vacinação, alimentação, higienização, controle das colméias e procedimentos de reprodução. Em 11 de julho de 2001, a idéia foi efetivada pelo Sebrae na Paraíba com base na observação do trabalho realizado pelos agentes comunitários de saúde empregados no combate à mortalidade infantil.
A maioria são jovens e filhos dos produtores. Por serem da comunidade, eles conhecem os problemas locais e têm mais facilidade para transmitir conhecimentos. Supervisionados por profissionais graduados, eles recebem remuneração em torno de 400 reais, além da ajuda de custo das associações e das prefeituras ligadas à área em que atuam.
Hoje, no Estado, 68 ADR prestam assistência a 1.500 produtores em caprinovinocultura e também em apicultura. Expandida pelo País, a experiência será repetida em outros nichos rurais do agronegócio familiar e da pequena empresa rural, a exemplo de fruticultura, horticultura, aqüicultura e pesca.
A expansão foi anunciada por Luiz Carlos Barboza, diretor-técnico do Sebrae Nacional, durante o primeiro Encontro Nacional de ADR, realizado em outubro do ano passado em Campina Grande, na Paraíba, onde tudo começou. "Vocês têm sido importantes porque levam conhecimento tecnológico e ajudam a melhorar a auto-estima das famílias atendidas", disse Barboza.
Para ele, os ADR devem ser incluídos em políticas públicas nacionais, estaduais e municipais. "Os ADR são agentes políticos no melhor sentido da palavra, porque têm o poder de influenciar no desenvolvimento de suas comunidades", complementou o gerente de Agronegócio do Sebrae Nacional, Juarez de Paula.
No caso da caprinovinocultura no Cariri paraibano, os ADR contribuíram para aumentar de sete para 20 o número de entidades, envolvendo 527 criadores de cabras. Juntas, as associações são responsáveis pela produção de 100 mil litros de leite por mês. Uma das maiores usinas da região é a da Associação de Ovinocaprinocultores do Cariri Ocidental - Aocop, sediada em Monteiro, com 140 produtores.
Atualmente, a entidade responde por 70% da produção de leite caprino do Estado. A maior parte (85%) é adquirida para o programa Fome Zero. O restante vira iogurte de morango e achocolatado distribuídos na merenda escolar da rede pública de ensino. "O sabor é bem aceito pelas crianças", destaca Alécio Ferreira, manipulador-chefe da pasteurização da usina da Aocop. O desafio agora é fornecer ao mercado outros derivados como iogurtes, queijos e leite em pó.
As informações são da Agência Sebrae de Notícias.
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