Fechar
Receba nossa newsletter

É só se cadastrar! Você recebe em primeira mão os links para todo o conteúdo publicado, além de outras novidades, diretamente em seu e-mail. E é de graça.

Tendência de desenvolvimento da ovinocultura no Mato Grosso do Sul é crescente

postado em 30/05/2014

3 comentários
Aumentar tamanho do texto Diminuir tamanho do texto Imprimir conteúdo da página

 

A indústria paga bem pela carcaça ovina e o Mato Grosso do Sul reúne condições para ser um dos maiores produtores de ovinos do Brasil. A tradição em outras atividades pecuárias confere um acervo de mão de obra qualificada, bastando apenas capacitá-la para a lida dos ovinos, sem contar a produção de grãos em abundância, que ajuda a baratear uma das etapas mais onerosas na produção de cordeiro: a terminação no cocho. Logística privilegiada também é um diferencial economicamente interessante, por estar há poucas horas dos principais polos consumidores, especialmente São Paulo, que consome cerca de 80% de toda produção nacional.

O rebanho local tem características peculiares, especialmente em relação à rusticidade. Essa cultura surgiu com os imigrantes sulistas, principalmente os gaúchos, que conduzem um sistema de criação exemplar até hoje. Raças lanadas e semideslanadas que trouxeram foram se adaptando aos aspectos edafoclimáticos, incrementando a rusticidade. “Temos uma ovinocultura latente, com um rebanho bem adaptado e produtivo”, relata Ana Cristina Andrade Bezerra, da Asmaco (Associação Sul-matogrossense dos Criadores de Ovinos).

Como em outras regiões do País, o rebanho ainda é inexpressivo, reunindo algo em torno de 600 mil cabeças. Essa, aliás, é uma conta subjetiva. Ovinos não passam por vacinação contra febre aftosa e não havia a comunicação de todo o rebanho. Uma portaria da Iagro/MS foi publicada no Diário Oficial em 30 de abril, tornando a declaração obrigatória, inclusive, do rebanho de caprinos. Os produtores devem conciliar essa comunicação às campanhas oficiais de vacinação contra aftosa. Confira o calendário no site www.iagro.ms.gov.br.

Mas, o problema maior, na verdade, é o fato da atividade ainda não ser encarada como um negócio, e muitas vezes pelos próprios ovinocultores. “A criação é o negócio da vez. Não só pelos preços mais atraentes, mas também pelo ciclo produtivo mais curto, custo de produção compensatório e demandas crescentes”, avalia Ana Cristina.

A criação costuma ser consorciada com outras espécies, como o gado de corte e de leite. Em países onde este mercado é desenvolvido, como Uruguai, Austrália e Nova Zelândia, o maior percentual dos rebanhos é tocado dessa forma. Além de ganhos sanitários, outra vantagem é a variabilidade econômica que proporciona. Ovinos poderiam compensar, por exemplo, oscilações abruptas comuns no mercado do boi gordo.

Novo sistema de comercialização

Na tentativa de organizar a cadeia produtiva, formando lotes suficientes para o envio de cordeiros para abate nos frigoríficos, foi desenvolvido no Mato Grosso do Sul o Sistema PDOA (Propriedade de Descanso de Ovinos para Abate), que reúne animais de vários produtores. Atualmente, apenas uma está operante, com cinco embarques já realizados.

A construção desse novo sistema de comercialização pioneiro envolve as entidades Asmaco, Câmara Setorial da Ovinocaprinocultura, Seprotur, Mapa (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento), Sefaz-MS, Iagro e Famasul.

“Sem a colaboração e comprometimento de todos não seria possível implantar esse novo modelo. Independentemente do volume, todos recebem o mesmo preço, algo que certamente não aconteceria numa negociação individual. O objetivo é realizar abates mensais, sempre buscando a melhor remuneração para o produtor”, finaliza Ana Cristina.

As informações são do portal A Crítica, adaptadas pela Equipe FarmPoint.
 

Avalie esse conteúdo: (1 estrelas)

Comentários

carmelio v b alcantara

Dueré - Tocantins - Produção de ovinos de corte
postado em 02/06/2014

Parabéns a todos os setores envolvido com esta inciativa, sei que é difícil organizar uma cadeia produtiva e precisamos ter alguém que tome a frente e der exemplo para os demais Estado.

Flavio Schirmann

Formigueiro - Rio Grande do Sul - Ovinos/Caprinos
postado em 02/06/2014

O mercado de ovinos é desorganizado por tradição. Esta iniciativa é muito interessante pois reduz custo e proporciona o aumento da escala, um dos principais "gargalos" da atividade em todas as regiões do país!

israel moura

OUTRA - OUTRO - OUTRA
postado em 03/06/2014

eu pretendo entra no mercado do ovino agora

Quer receber os próximos comentários desse artigo em seu e-mail?

Receber os próximos comentários em meu e-mail

Envie seu comentário:

3000 caracteres restantes


Enviar comentário
Todos os comentários são moderados pela equipe FarmPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração. Obrigado.

Copyright © 2000 - 2024 AgriPoint - Serviços de Informação para o Agronegócio. - Todos os direitos reservados

O conteúdo deste site não pode ser copiado, reproduzido ou transmitido sem o consentimento expresso da AgriPoint.

Consulte nossa Política de privacidade