"Boa tarde Lívia,
Sou médico veterinário, com residência em clínica médica de ruminantes e mestrado em doenças nutricionais e metabólicas de ruminantes, ambos pela FMVZ/USP e já me deparei com diversos casos de morte súbita na qual o diagnóstico final é por pasteurelose, principalmente pela do genero Pasteurella multocida, cuja forma prevalente é a septicêmica. Nestes casos poderia sim ocorrer morte súbita dos animais, em especial das categorias mais jovens no rebanho.
As vacinas protegem os animais das doenças, mas sua eficácia não chega a 100% e é por isso que animais vacinados, independente da finalidade e etiologia, podem manifestar o quadro clínico. Recomendo ficar atenta ao tipo de manejo, uma vez que fatores imunossupressores, como nutricional (mudanças bruscas de dietas), biológico (viral e/ou bacteriana), ambiental (alterações de temperatura, etc.) ou manejo (desmama, entra no confinamento, descole, tosquia, etc), podem predispor ao surgimento deste quadro.
Uma outra alternativa de tratamento é uso de florfenicol, pois tantos estes como as tetraciclinas são bacteriostáticos, ou seja, inibem o crescimento e replicação bacteriana. Quando opta-se por antimicrobianos bactericidas, estes matam as bactérias e com isso há liberação de endotoxinas, o que irá agravar a destruição pulmonar.
Animais com quadros respiratórios, em especial pasteurelose, apresentam intensa inflamação pulmonar e com a resolução clinica, podem apresentar redução de desempenho, visto que há intensa consolidação pulmonar (hepatização dos lobos com aspecto de fígado a necropsia). Por isso recomenda-se o uso de antinflamatório em conjunto com a antibioticoterapia, na finalidade de minimizar o risco de consolidação pulmonar.
Aproveita e parabenizo os autores pelas colocações feitas.
Me coloco a disposição.
Forte abraço a todos."
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