Segundo o gerente do Programa de Sanidade de Caprinos e Ovinos, Jefferson Pessoa, o aumento se deve a vários fatores, entre eles, uma tendência nacional. "Em todos os estados há um crescimento do consumo da carne ovina, com a inclusão do prato no cardápio de festas populares, por exemplo", explica o médico veterinário, acrescentando que muitos produtores estão considerando a criação rentável e estão investindo.
Apesar de o crescimento ser considerado positivo, o Tocantins ainda está engatinhando no mercado de produtos ovinos. Exemplo disso é que tudo que é produzido aqui abastece somente o mercado interno, não sobrando nada para a exportação. "Só temos um frigorífico autorizado para abater ovinos e caprinos e não há produto para justificar o abate em grande escala", comenta o médico.
Para solucionar o problema, Jefferson aponta que os produtores deveriam juntar suas forças em associações. "Dessa forma poderiam comprar insumos com maiores descontos e trabalhar em sistema de confinamento, podendo oferecer mais animais, com mesmo peso e idade ao frigorífico. Isso se chama uniformização dos lotes", conta.
Além disso, os produtores precisam estar atentos para as especificidades da criação, que exige maior manejo sanitário. "São animais bem diferentes dos bovinos, por exemplo, são mais sensíveis a verminoses; precisam ser recolhidos ao entardecer, entre outros cuidados", disse.
Já a criação de caprinos tem crescido de forma mais lenta. Isto porque o mercado para seus produtos, carne e leite, ainda é pequeno. Em 2008 foram registrados 16.988 animais e 17.950 em 2009, ou seja, aumento de 5,66%.
As informações são da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Tocantins (Adapec), adaptadas pela Equipe FarmPoint.
Envie seu comentário: