O maior problema é a queda do preço no mercado internacional e a redução na cotação do dólar. Segundo o presidente da cooperativa de lã Tejupá, de São Gabriel, Carlos Cleber Dias Leal, em relação a 2002/03, o preço dolarizado sofreu redução de aproximadamente 10%. Além disso, a cotação da moeda norte-americana caiu de R$ 3,60 para cerca de R$ 2,15. "Como trabalhamos com margem, a queda é prejudicial para todos. Só é boa para o importador", comentou. Cerca de 90% da lã gaúcha é exportada, principalmente para a União Européia.
Outra dificuldade enfrentada pelos criadores é o contrabando. "Se produzimos cerca de 10 milhões de quilos e os dados oficiais dão conta de que 8 milhões são exportados, onde estão os outros 2 milhões de quilos?', questionou Leal, acreditando que parte da produção é levada para o Uruguai, sem ser declarada. "É receita que sai do Brasil. Quem ganha são os uruguaios", afirmou.
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