A estimativa da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), que calcula o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) na capital paulista, é que este grupo feche outubro com taxa de 0,68%, bem acima dos 0,37% registrados no fim do mês passado.
O índice geral recuou de 0,39% em agosto para 0,25% em setembro, puxado por igual movimento nos alimentos, que deixaram alta de 0,92% na medição anterior.
Segundo o coordenador adjunto do IPC-Fipe, Rafael Costa Lima, a carne, que tem um peso importante nessa classe de despesa, não subiu tanto como o esperado para essa época do ano, já marcada pelo início das entressafras.
As carnes bovinas tiveram aceleração de 0,49% entre agosto e setembro. As suínas tiveram deflação de 1,36%. As aves, por outro lado, encerraram o mês com alta de 4,03%. O frango subiu 3,86% no período, item com maior peso no índice geral, de 13,8%. Lima acredita que o aumento nos insumos explica a elevação. "A notícia que tivemos é que houve um aumento significativo no preço de milho", comentou. Ainda assim, a queda de 2,43% nos alimentos in natura e a desaceleração no grupo semielaborados (de 2,17% para 1,89%), ajudou a segurar os preços no grupo.
Esse efeito, no entanto, é temporário, alerta Lima, e será revertido com o início das entressafras da carne e de grãos. "A sazonalidade desse grupo é subir no fim de ano, mas no fim do ano passado tivemos um grande pico. A perspectiva é que alimentação continue entre os grupos que mais pressionam o índice até o fim do ano, mas nada como no ano passado", projetou.
Nenhum mês daqui para frente, no entanto, deve apresentar alta menor do que a verificada em setembro nos alimentos, estima o economista da Fipe. "Seria uma grande surpresa se o grupo alimentação não subisse um pouco acima do índice geral daqui para frente."
As informações são do jornal Folha de São Paulo, adaptadas pela Equipe AgriPoint.
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