Segundo um comunicado da Comissão Européia, o comitê da Cadeia Alimentícia e de Saúde Animal, formado por técnicos dos 25 países, respaldou a proposta do Executivo comunitário de revisar as medidas de controle frente à doença da língua azul.
Esta epizootia foi detectada nas últimas semanas em diversas propriedades do sul da Holanda e sudeste da Bélgica, além de áreas da Alemanha que fazem fronteiras com esses dois países.
A Comissão informou que este foco da doença foi causado por uma cepa de origem africana que até agora não tinha sido detectada na Europa e que foi isolada pelo laboratório belga de referência, o Centro de Estudos e Pesquisas Veterinárias e Agroquímicas (CERVA).
A recente decisão amplia a zona de proteção, onde ficam restritos os movimentos de ruminantes e onde as autoridades nacionais deverão fazer controles para comprovar se há mais animais infectados.
Na região de 20 quilômetros estabelecida em torno dos focos da doença, será mantida a proibição do movimento dos animais, com exceção dos animais que forem ser sacrificados ou recolocados dentro desta região ou em outra propriedade dentro do raio de 150 quilômetros da zona de restrição. Os movimentos dos animais fora da zona de restrição ficarão sujeitos a rígidos controles e deverão ser aprovados por veterinários e, se o transporte for para outro Estado Membro, este deverá aprovar.
A Comissão Européia garantiu que continuará vigiando de perto a situação da doença da língua azul, em coordenação com as autoridades nacionais, e as medidas de prevenção serão adaptadas em função da evolução da doença.
A língua azul é uma epizootia relativamente freqüente em propriedades do sul da Europa, mas até agora não tinha sido detectada em países do norte europeu. A doença afeta bovinos, ovinos e caprinos, mas não humanos.
A reportagem é da agência EFE.
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