Um encontro entre o braço executivo da UE e representantes da indústria foi considerado decepcionante porque não foram apresentadas propostas concretas para evitar novas contaminações.
Ontem, autoridades alemãs ordenaram o sacrifício de centenas de suínos após encontrar altos níveis de dioxina (que pode causar câncer) em carne suína pela primeira vez desde o fechamento de fazendas semana passada. Testes anteriores detectaram níveis acima do permitido de dioxina em ovos e três galinhas. A preocupação com a presença de dioxinas na ração animal chegou na segunda-feira à França e à Dinamarca que, segundo um funcionário da União Europeia, importaram o produto da Alemanha.
O Ministério Público alemão está investigando a contaminação, e suspeita que a empresa Harles und Jentzsch tenha distribuído para fábricas de rações ácidos graxos destinados à produção de papel. Cerca de 4.700 granjas e fazendas alemãs chegaram a ser interditadas na semana passada. Elas estão sendo gradualmente reabertas, e na segunda-feira apenas 1.635 continuavam sob restrições.
A Comissão Europeia reiterou que os níveis de dioxina encontrados nos ovos e na carne contaminados não representam um risco imediato à saúde humana.
Autoridades europeias deverão se reunir com produtores de rações e com outros setores para discutir como assegurar a separação de gorduras destinadas ao uso industrial e às rações.
A reportagem é do jornal Valor Econômico e Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes, adaptada pela Equipe AgriPoint.
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