Diante das medidas de desenvolvimento rural, a COPA-COGECA opina que é preciso manter os pagamentos compensatórios para zonas com desvantagens naturais (zonas desfavorecidas), que devem seguir desenvolvendo as medidas agro-ambientais por sua grande importância para o setor ovino, assim como se deveria garantir uma compensação pelos exigentes requisitos em matéria de bem-estar dos animais, que vão mais além da legislação europeia.
Além disso, os pecuaristas e cooperativas de ovinos da UE propõem que, em certos períodos do ano (parição, tosquia) em que a pecuária ovina requer mais trabalho, teriam que se desenvolver, com ajuda financeira, programas/ferramentas de apoio à colocação à disposição de temporários ou a ajuda mútua entre os produtores. Também propõem a aplicação da rotulagem com a indicação de origem, opõem-se que haja novos acordos bilaterais que fomentem as importações de ovinos no mercado comunitário e apoiam que se apliquem medidas que voltem a valorizar a lã.
Há alguns anos, a produção de ovinos na UE está em contínuo decréscimo. Entre 2000 e 2009, a produção caiu 21%. Essa evolução varia de um país a outro: 24% na França, 15% no Reino Unido, 34% na Irlanda, 48% na Espanha. Esse declive na produção se deve a uma redução no censo.
O consumo de carne de ovinos e caprinos também está caindo, passando de 2,89 quilos por habitante por ano em 2005 para 2,08 quilos por habitante por ano em 2010. O consumo caiu na UE 1,5% em 2006, 3% em 2007, 5,7% em 2008 e 17,6% em 2009. As estimativas apontam para uma redução de 2,8% em 2010. Além disso, o setor tem o problema do envelhecimento progressivo dos pecuaristas e da falta de continuidade, pela dificuldade na hora de atrair os jovens para a atividade.
A reportagem é do Agrodigital, traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.
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