Na composição dos abates, observa-se uma diminuição nos abates de ovelhas com relação ao ano passado: passaram de 285 mil cabeças (40%) para 185 mil cabeças esse ano (33%). Ainda que a proporção de cordeiros tenha aumentado em 2011 com relação ao mesmo período de 2010 (de 42% para 46%), em termos absolutos, reduziu-se 15%, pois passou de 300 mil a 250 mil cordeiros abatidos até agora nesse ano.
Um estoque reduzido e a retenção de fêmeas por parte dos produtores diante das boas perspectivas do setor explicam os baixos níveis da atividade, que se traduzem diretamente em menores volumes exportados. Nesse sentido, as exportações de carne ovina até agora nesse ano chegaram a 8.800 toneladas peso carcaça, 31% a menos que as exportadas no mesmo período de 2010.
Ao contrário dos reduzidos níveis de atividade, os preços mantêm níveis recordes para o setor em termos históricos. O preço médio de exportação para a agosto chegou a US$ 5.656 por tonelada peso carcaça, o que representa 25% mais que no mesmo mês do ano anterior e exatamente o dobro do preço que se obteve em 2008 e 2009.
A nível de produtor, as cotações das diferentes categorias para abate se mantiveram durante todo o ano em níveis recordes, em torno de US$ 5 por quilo na 2ª balança, com máximos de US$ 5,6 e US$ 5,3 por quilo na 2ª balança para os cordeiros e ovelhas, respectivamente.
Atualmente, o maior nível de oferta relativa e algum ajuste da demanda externa pressionam os preços para baixo, com quedas em torno de 15% frente aos máximos de junho em todas as categorias. Esse fato é totalmente atípico para o mercado ovino local, que manteve durante os últimos anos a lógica particular de registrar os preços máximos na primavera, em forma conjunta ao surgimento do grosso da oferta.
A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.
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