Ele chegou à Associação Agropecuária de Salto para inaugurar o lançamento da safra de lã e o 2° Salto Ovino, onde, com o apoio do Secretariado Uruguaio de Lã (SUL) e do Instituto Nacional de Carnes (INAC), foram desenvolvidas várias atividades. Ele disse que o relacionamento comercial do Uruguai com os Estados Unidos teve prioridades – laranjas e carne ovina - de forma que, segundo ele, no próximo semestre poderão surgir novidades nas negociações com relação à carne ovina. Atualmente, os Estados Unidos estudam os documentos recebidos após a publicação da norma no Registro Federal e ainda falta uma resolução política que permita a entrada de cortes desossados e maturados de ovinos uruguaios.
Outra preocupação da instituição é o abigeato. “Parece que o tema de segurança para a parte rural não foi prioritário no país. Com o abigeato, é impossível aumentar a produção ovina”, disse o presidente da Associação, Walter Texeira. Aguerre disse que o setor ovino tem permanecido não porque a ovelha seja nobre. “O que é nobre é a atitude, o compromisso, a perseverança e até a paixão com que o setor rural tem mantido os ovinos no país, pois a atividade é uma alternativa econômica importante”.
Sobre o futuro, para a colocação de carne ovina no mercado internacional, o ministro Aguerre mencionou a China como grande oportunidade comercial. “A metade do oeste da China tem 16 províncias, todas muçulmanas, com o hábito de consumo de ovinos. É um lugar inexplorado e há uma porta de entrada nesse país e em outros que estão ao redor”. Hoje, a China é o principal mercado em volume para a carne ovina uruguaia.
Na abertura do evento, do qual participaram vários produtores e autoridades nacionais e departamentais, Texeira, ao falar sobre a competitividade da carne ovina, reclamou ao governo que as medidas impositivas que chegam de forma inapropriada e inoportuna atacam a escala produtiva, especialmente no norte do país por meio de um duro imposto (pelo tributo ao Patrimônio). “Por sorte, temos a possibilidade de ter o mundo como mercado, o reconhecimento como país, o reconhecimento internacional e alguns atributos construídos como bens públicos, em matéria de sanidade, inocuidade, rastreabilidade (somente para bovinos), em matéria de melhoramento genético e de certificação de processos e produtos”.
Por outro lado, Texeira reconheceu as dificuldades que o setor ovino enfrenta com relação à sanidade, em especial, nos casos de sarna. “Evidentemente, alguns de nós estamos fazendo as coisas muito mal”. Ele demandou o apoio dos órgãos públicos responsáveis pelos controles sanitários para enfrentar a problemática e controlar a situação. “Esse problema afeta muitas regiões do país e fez com que vários produtores deixassem a atividade para evitar maiores perdas econômicas”, finalizou ele.
A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.
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