Até 10 de março o Uruguai exportou 4,189 mil toneladas por US$ 9,1 milhões, o que significa um preço médio de US$ 2.184 por tonelada peso carcaça. O ano de 2006 foi recorde histórico no valor gerado pelas exportações de carne ovina, chegando a US$ 48,4 milhões. Os volumes exportados no ano passado também foram importantes, chegando a 23,2 mil toneladas, o valor mais alto desde 1990.
Assim como ocorreu com a carne bovina, as exportações de carne ovina do Uruguai caíram muito em 2002 pela restrição provocada pela febre aftosa, começando posteriormente um crescimento ininterrupto até agora. Nos últimos cinco anos, os valores gerados pelas exportações mais que duplicaram. Uma maior expansão do setor tem sido freada pela falta de acesso a mercados melhores.
No ano passado ocorreram algumas novidades com relação aos mercados que reduziram em parte o predomínio da União Européia (UE) e do Brasil como lideres absolutos na compra de carne ovina uruguaia.
Embora não sejam mercados de alto valor, a habilitação da Síria e da Argélia permitiu a venda de crescentes volumes de carcaças ovinas ou cortes com osso. Também foram habilitados os mercados da Rússia e da China, embora não tenham sido feitos negócios importantes a esses destinos. No final de 2006, a UE e o Brasil, juntos, absorviam 74% do mercado em valor, seguidos por Arábia Saudita, Síria e Argélia, com 17% em conjunto, enquanto em 2005, 85% das exportações de carne ovina foram para UE e Brasil. Neste ano, deve-se continuar a tendência de maior participação de outros mercados, com destaque a Arábia Saudita, com 15% do mercado em volume.
O melhor preço é pago pela UE, para onde são enviados cortes desossados de maior valor dentro de uma cota limitada de 5800 toneladas. Neste ano, o preço médio equivalente carcaça foi de US$ 2.773 por tonelada para a UE. O Brasil, por sua vez, absorve cortes dianteiros com osso, entre outros, a preços moderados, além do french rank, altamente cotado. Este mix de mercados ter permitido manter o preço médio de exportação relativamente estável, em valores de cerca de US$ 2.200 por tonelada peso carcaça até agora neste ano.
O mercado dos Estados Unidos, que finalizou nesta semana a missão de inspeção sanitária com um informe preliminar positivo, surge como uma opção de mercado para aumentar o valor das exportações. Os EUA terão um período de consulta pública e, se tudo correr bem, o Uruguai poderia estar entrando neste mercado na próxima primavera, provavelmente no início somente para carne ovina sem osso. O mercado dos EUA é muito importante, pois não apresenta cotas e tem tarifas muito baixas, tem alto poder aquisitivo e os preços da carne de cordeiro são similares aos da Europa.
A Austrália e a Nova Zelândia têm domínio absoluto do mercado dos EUA, exportando 40 mil e 20 mil toneladas de carne de cordeiro, respectivamente.
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