O Uruguai conta com um estoque de 7.362.000 cabeças (segundo dados de julho de 2011), que caiu 4,5% em um ano e é um dos mais baixos da história. No entanto, o setor está mostrando sinais de recuperação, com maior retenção de ventres e um maior desmame de cordeiros.
A carne ovina uruguaia seguiu se valorizando cada vez mais - US$ 3.974 foi o valor médio ao fechamento de 2011, segundo o Instituto Nacional de Carnes (INAC) - e, segundo a Opypa, isso condiciona que o estoque mostre uma composição mais carniceira, ainda que o faturamento pela lã siga sendo a maior porcentagem do total de receita dos ovinos. Em 2011, a volatilidade dos preços da lã seguiu jogando contra a recuperação do estoque ovino uruguaio.
Segundo análise do Opypa, outro elemento que possivelmente está jogando contra a recuperação dos ovinos de lã são os altos preços da terra, fato que determina que o produtor a explore utilizando mais capital sobre o recurso, de forma que ele opte por repor bovinos e não ovinos de lã.
Outro ponto chave que não ajuda na recuperação do estoque ovino local, segundo a análise do Opypa, é o abigeato, as perdas por inimigos naturais, a escassez de mão de obra especializada no setor e as dificuldades de abater ovinos. No entanto, existe uma ampla zona geográfica no país, onde a produção ovina não deveria ter maior competição por recursos e, nessa áreas é onde tem uma maior margem para crescer. Nessas zonas, vê-se que, além de lã, se produz mais carne.
A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.
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