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Uruguai: boas perspectivas para o setor ovino em 2009

postado em 13/03/2009

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Após a adequação sofrida por todas as commodities por causa da crise financeira mundial, o cenário a nível local mostra uma melhor posição relativa para a carne, de forma que a possibilidade de contar com mercados de elite para a exportação de produtos ovinos é bastante positiva.

O setor ovino do Uruguai se prepara para um ano de novos desafios, entre os quais de especial importância está a esperada abertura dos mercados dos países que fazem parte do Nafta para as carnes do setor.

Após a adequação sofrida por todas as commodities por causa da crise financeira mundial, o cenário a nível local mostra uma melhor posição relativa para a carne, de forma que a possibilidade de contar com mercados de elite para a exportação de produtos ovinos é bastante positiva.

Com relação à lã, os preços do mercado interno têm se ajustado à nova realidade internacional pautada pela Austrália, com baixas de 50% para as lãs finas e de 25% a 30% para as lãs médias. Os preços estão similares aos níveis de três anos atrás, sendo que sua relação com os preços do cordeiro está nos níveis mais desfavoráveis em muitos anos.

Embora a carne ovina também tenha se ajustado à baixa, os preços atuais são somente superados pelos do ano passado e estão, inclusive, 10% acima dos do início de 2007.

Ainda que estas relações possam variar, a tendência de melhor posicionamento da carne sobre a lã ocorre há anos. A resposta mais clara a esta tendência tem ocorrido na Austrália que, enquanto reduziu em 35% a produção nos últimos 10 anos, aumentou em 30% os abates de cordeiros no mesmo período.

Assim, o rendimento da carne ovina melhora sua posição relativa frente à lã, o que justifica destinar recursos à maior produtividade de carne. Existe um potencial "latente" para melhorar a competitividade do setor através do aumento da produção de carne, que não depende tanto do aumento do rebanho, mas sim, da elevação dos indicadores do rebanho.

Sem chegar ao extremo neozelandês, onde o número de cordeiros abatidos por ano é igual ao número de ovelhas, uma situação intermediária permitiria que o Uruguai abatesse 2,5 milhões de cordeiros, com a mesma quantidade de ovelhas que se tem hoje (5 milhões). Esse caminho ainda não se iniciou devido às condições de mercado que não eram propícias.

Nos últimos anos, a cota europeia tem definido o número de cordeiros que são abatidos por ano, sem que se tenha sinais de que a indústria pretende aumentar o negócio. O ano de 2009 começa para o Uruguai com a possibilidade de abertura de novos mercados de alto poder aquisitivo (EUA, Canadá e México). No entanto, segue sem se resolver o acesso de carne com osso à Europa, que freou todas as possibilidades de análise atualmente, o que significaria um passo muito importante para o setor.

No momento, o único fator esperável e que pode alterar a tendência à liquidação do estoque é a abertura do Nafta, que poderia elevar a demanda de cordeiros a bons preços e dar início a um desenvolvimento sustentado da cadeia de carne ovina. A isso se somam os anúncios do Marfrig de aumentar os abates de cordeiros acima do que já absorve em seus negócios de importação do Brasil.

A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela equipe FarmPoint.

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