A planta, que já conta com a habilitação para o mercado interno, tem uma capacidade para industrializar 480 ovinos por turno - uns 60 ovinos por hora -, mas o consórcio pensa em elevar essa capacidade para 800 ovinos por dia. Além disso, os empresários brasileiros investirão para melhorar as instalações de frio, principalmente para congelados.
"A ideia é exportar carne ovina para São Paulo e Angola", disse o empresário Silvio de Souza, porta-voz do grupo, onde há produtores de ovinos e caprinos que já têm sociedades comerciais com atacadistas para colocar cortes de carne. Segundo Souza, em Bordenave, não somente se abaterão cordeiros, "mas também se abaterão ovelhas e capões, o que facilitará a extração das categorias adultas nos estabelecimentos".
O arrendamento do Frigorífico Bordenave está previsto que seja por quatro anos, com direito a compra das instalações, mas ainda não se sabe o valor do investimento para adequar as mesmas para obter habilitação para exportar a outros mercados. Souza explicou que o grupo planejava um investimento na indústria frigorífica uruguaia desde 2008 e, então, surgiu o chamado à licitação da comuna de Salto, de forma que a Sidercol S.A. manteve seu foco nessa planta frigorífica.
Os empresários brasileiros já tinham mantido alguns contados com autoridades do Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (INAC) para expressar o interesse de investir no Uruguai. A prefeitura municipal de Salto já tinha licitado a planta de abastecimento municipal que também estava parada, mas nesse caso, a mesma ficou nas mãos de um grupo de investidores locais que já recebeu as chaves do imóvel para começar a operar. Nesse caso, a meta é produzir carne bovina e ovina sob o ritual Kosher para exportar a Israel, pois os investidores já estão por dentro do negócio que o Uruguai prevê desenvolver.
A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.
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