Hoje, o grande suporte dos valores da carne ovina do Uruguai é a União Europeia (UE). Segundo dados estatísticos do Instituto Nacional de Carnes do Uruguai (INAC), o preço médio da tonelada de carne ovina - em 12 de fevereiro - foi de US$ 4.390, quando na mesma data do ano anterior, não passou de US$ 2.896.
Com esses valores, os produtores estão retendo a maior quantidade de ventres possível e buscam inseminar a maior quantidade que podem. Inclusive, com as ovelhas mais velhas que antes eram destinadas aos frigoríficos ou ficavam no estabelecimento para consumo (hoje, o consumo está sendo substituído por carne bovina), hoje busca-se obter um último cordeiro.
O grande problema do Uruguai é a falta de matéria-prima para exportação, mas esse mesmo problema está ocorrendo na Austrália e na Nova Zelândia. No entanto, o menor volume está sendo compensado com o aumento dos valores internacionais.
Até a semana passada, a UE importou 670 toneladas - apenas 17 toneladas a menos que o importado no mesmo período do ano anterior. A China está se posicionando hoje como o quarto maior importador de carne ovina uruguaia, mas, a esse destino, são vendidos assados e outros cortes de menor valor e não os cortes traseiros desossados como são exportados para a UE.
Para alguns operadores de mercado consultados pelo El País, o Brasil será um forte importador de carne ovina uruguaia, mas os mais pessimistas garantem que não fortalecerá sua posição compradora até que termine com a carne que tem estocada.
A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.
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