As condições de mercado, de oferta e demanda são favoráveis no caso da carne ovina, disse o economista agrário e analista de mercados do Secretariado Uruguayo de la Lana (SUL), Carlos Salgado. Austrália e Nova Zelândia, os principais competidores do Uruguai no mercado internacional, têm muito poucos cordeiros este ano e, para Salgado, "tudo dependerá de como a demanda se comportará".
Ele disse que todos os relatórios internacionais mostram um bom futuro da carne ovina, apesar da crise econômica. Na União Europeia (UE), o principal destino para as exportações uruguaias, "os preços estão firmes. Na França, o cordeiro vale mais que no ano passado e, no Reino Unido, também. Na Europa, o cordeiro está mais caro que antes".
Hoje, a expectativa do Uruguai está centrada na abertura dos mercados do NAFTA. Onde os trâmites para abrir os mercados estão mais adiantados são EUA e Canadá. Com as autoridades sanitárias mexicanas, está sendo feita uma análise de risco, mas falta muito caminho a percorrer. "São três mercados que pagam bons preços e isso pesa".
Os EUA estão entre os protagonistas do mercado mundial de ovinos. "Os preços pagos pela carne são excelentes e não têm cotas. A tarifa é menor que 10%". Quanto ao México, o analista disse que a carne ovina competirá em melhores condições com a Austrália e Nova Zelândia, mas que não há cotas; a outra vantagem é que não somente entrariam cordeiros, mas também borregos, capões e algumas ovelhas. O México importa quase 40.000 toneladas por ano e o Canadá outras 20.000 toneladas. Os três países compram por ano cerca de 150.000 toneladas.
A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela equipe FarmPoint.
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