Historicamente, o grande mercado para carne ovina sempre foi a União Europeia (UE), mas, no ano passado, durante uns seis meses, o Brasil começou a comprar e a pagar preços mais altos pela carne uruguaia. Este ano, o Uruguai ganhará um outro mercado de altíssimo valor: os Estados Unidos.
"Nos Estados Unidos, uma perna sem osso fresca vale US$ 12 por quilo (preço FOB/planta), enquanto que um produto similar, mas congelado, no Reino Unido, Bélgica ou Alemanha vale US$ 10 por quilo (valor FOB/país). Há uma diferença de valores interessante", disse o analista econômico do Secretariado Uruguayo de la Lana (SUL), Carlos Salgado.
Os produtores de ovinos dos Estados Unidos hoje estão recebendo mais de US$ 7 por quilo, porque o país tem um baixo estoque de animais lanares que não supera as 5,3 milhões de cabeças e a produção de cordeiros baixou entre 2% e 3% no ano passado; para 2011, a estimativa é de baixa de 4% (segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos - USDA).
Salgado recordou que os Estados Unidos produzem cerca de 90.000 toneladas anuais de carne ovina e que consomem tudo. "Há alguma exportação ao México, mas é mínima, diria que é quase insignificante". Desse volume, 61.000 toneladas são de cordeiros e, o resto, são animais adultos, sendo os principais abastecedores Austrália e Nova Zelândia, que podem entrar com produtos sem desossar.
A indústria uruguaia tem experiência no mercado dos Estados Unidos, porque, até 1998, o frigorífico San Jacinto esteve vendendo cordeiros pesados a esse destino. O mercado fechou no ano 2000, por causa da febre aftosa.
A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.
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