Por outro lado, a queda do preço dos imóveis está gerando complicações para as lãs grossas destinadas a equipamentos, como tapetes e cortinas.
Roberto Cardellino, que participou da reunião da Federação Laneira Internacional (FLI) realizada em Pequim (China) como delegado da indústria e exportadores uruguaios, disse ao El País que o panorama geral para a lã no mundo é muito próspero. Ele disse que a queda da oferta de lã no mundo é resultado da queda da produção australiana.
Porém, além disso, tem-se notado que nas feiras de moda na Europa, a lã como fibra natural e sem agredir o meio-ambiente tem ganhado mercado.
Como problemas no horizonte do mercado laneiro, Cardellino identifica as conseqüências de um eventual derrame da recessão dos EUA a nível mundial, o que poderia afetar o consumo.
Quanto à finura, o especialista disse que o setor de vestimentas tem seu motor principal na Austrália, onde se concentra finuras de menos de 20 micras.
Para a lã grosa, no entanto, o panorama segue complicado, com o menor valor dos imóveis impactando nas lãs destinadas a cortinas e tapetes. "Este é um momento muito difícil do mercado pela queda do preço das propriedades nos EUA".
Paradoxalmente, Cardellino disse que o futuro das lãs grossas depende do valor do cordeiro com a produção de carne como produto subsidiário.
Ele disse que o Uruguai tem boas perspectivas de produção de lã fina com as raças Merino e Corriedale.
Envie seu comentário: