A apresentação de alguns dados sobre recentes negócios a US$ 2.700 a tonelada, inclusive com a Rússia, onde se incluem carcaças de animais adultos a US$ 3.200 a tonelada, confirmam a recuperação, segundo o economista Carlos Salgado, chefe do Departamento de Informação e Análise Econômica do Secretariado Uruguaio de Lana (SUL).
"Os valores dos principais competidores do Uruguai no setor de carne ovina chegaram ao dobro dos locais". É que tanto os australianos como os neozelandeses têm acesso a mercados de carne com osso, onde se coloca toda a carcaça e se manejam preços superiores por cada tonelada exportada. "A carne neozelandesa está sendo vendida a US$ 3,8 e US$ 3,7 o quilo, enquanto que no Uruguai os preços não superam os US$ 2 por quilo".
Há sinais animadores para o produto. "Os preços se mantiveram firmes e o Brasil, principalmente, que era o mercado que mais tinha baixado no primeiro semestre, hoje mostra que se recuperou um pouco". Por outro lado, chegou-se a um acordo político com o México e a abertura do mercado para cortes desossados é um fato, por mais que falte chegar a um acordo sobre o certificado sanitário e definir a habilitação de plantas. Paralelamente, o anúncio da possível abertura dos Estados Unidos, em condições similares para o produto que as anunciadas para o México, alimentam a esperança dos produtores uruguaios.
Em contrapartida, "Não há muita oferta para a demanda que existe atualmente. Os frigoríficos estão precisando de mais cordeiros e não há", alega Salgado.
Além da alta demanda, outro negócio, o de exportações de animais em pé, está instalado no mercado pecuário e garante um piso de valores. Para cordeiros e borregos de até 2 dentes, com peso de mais de 32 quilos, está se pagando US$ 1. Esse novo embarque representa outra opção para os produtores no momento de vender.
A reportagem é do El País Digital, traduzida e resumida pela Equipe FarmPoint.
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