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Uruguai: diminuem os investimentos na produção ovina

postado em 28/05/2013

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O presidente do Secretariado Uruguaio de Lã (SUL), Joaquín Martinicorena, disse que antes dos custos dispararem, os produtores vinham investindo de forma sustentada, entre outros itens, em genética. Dessa forma, buscavam afinar suas lãs, bem como obter melhores rendimentos de carne e elevar sua competitividade. Essa situação foi freada, à espera de valores que justifiquem continuar com esses investimentos, disse Martinicorena.

Entre 1 de janeiro e 11 de maio de 2013, as exportações uruguaias de carne ovina diminuíram 12,3% com relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com dados do Instituto Nacional de Carnes (INAC). Enquanto nesse período em 2012 a tonelada exportada ficou em média em US$ 4.165, nesse ano o valor foi de US$ 3.652.

Uma das razões para isso, segundo Martinicorena, foi a seca da Nova Zelândia, onde decidiu-se adiantar a venda de ovinos. O mercado de lãs encontra-se, tanto local como internacionalmente, com poucas operações e os valores caíram sensivelmente.

Martinicorena indicou, no entanto, que as atuais cotações em ambos os casos representam um piso e espera que em médio prazo os valores subam. Se isso se concretizar e não houver aumento nos custos, melhorará a situação dos produtores uruguaios e poderá reativar os investimentos no setor. O rebanho ovino, que desde o começo dos anos 90 vinha sofrendo uma baixa sensível, teve queda em 2011 e pela primeira vez em muitos anos registrou um aumento no ano passado.

Nos mercados externos, o Brasil segue sendo o principal comprador de carne ovina, seguido por China, país que vem aumentando fortemente suas compras. Nas lãs a China, há muitos anos, é o principal destino do Uruguai (Leia mais sobre esse assunto clicando aqui). Por outro lado, “já foram enviados os primeiros embarques de carne ovina sem osso ao México e embora tenha se tratado de volumes baixos, foram exportados a bons valores. Sua qualidade foi muito reconhecida e os interessados aumentaram rapidamente”.

Quanto à possibilidade de abertura dos Estados Unidos, Martinicorena disse que embora haja muita expectativa dada a importância desse mercado, há consciência de que isso não deverá ocorrer antes do final de 2013.

A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.
 

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