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Uruguai: estratégia de crescimento da cadeia até 2015

postado em 15/12/2008

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Enfrentando o desafio de ser mais competitiva, a cadeia ovina do Uruguai lançou seu Plano Estratégico de Ação para o período de 2009 a 2015. O Plano Estratégico de Ação 2009-2015 foi apresentado na Aula Magna da Universidade Católica, contando com a presença do vice-presidente da República do Uruguai, Rodolfo Nin Novoa, vários ministros e representantes de todos os setores políticos e produtivos do país.

Entre suas metas está o aumento no valor das exportações de produtos diferenciados, para US$ 490 milhões, incorporando duas mil famílias de produtores pequenos e médios do setor ovino. Buscarão produzir 48 milhões de quilos de lã e chegar a um abate anual de 1,5 milhão de cordeiros.

A idéia é tornar o setor ovino altamente competitivo, com uma sólida coesão de suas cadeias de valor, comprometido com o bem-estar de seus agentes, a qualidade de seus produtos e a eficiência de seus processos, explicou o presidente do Secretariado Uruguayo de la Lana (SUL), Gerardo García Pintos, ao apresentar a proposta, elaborada por mais de cem técnicos representando a todos os agentes da cadeia ovina.

O Uruguai é uma referência mundial no setor ovino: é o segundo exportador mundial de lã cardada em tops e o terceiro exportador mundial de carne ovina, a partir de uma produção atual de 9,5 milhões de cabeças que ocupa 2 milhões de hectares (15% do total). Hoje se produzem 40 milhões de quilos de lã e 45 mil toneladas de carne por ano. O setor gera US$ 321 milhões anuais com exportações.

Além disso, o setor é um gerador de empregos no meio rural, com 20 mil produtores e 10 mil trabalhadores rurais; ocupa 15 mil pessoas na indústria e 3 mil trabalhadores indiretos; distribui US$ 14 milhões em tosquia e ocupa 8 mil postos de trabalhos na safra.

O Plano Estratégico foi elaborado graças ao trabalho de um grupo gestor integrado pelo SUL, representantes da cadeia têxtil e da indústria frigorifica. Também teve a participação de outro grupo formado por produtores, integrantes das cadeias setoriais, de instituições vinculadas com elas e de um grupo referencial através de entrevistas pessoais.

O trabalho levou cinco meses de discussões, identificação de metas e diagnósticos de situação. O curioso foi que, durante este período, foram recebidos vários aportes internacionais e colaborações do público em geral, através de um Fórum Aberto na Internet.

Mediante diferentes programas, pretende-se chegar à temporada de 2014-2015 com um rebanho de 11,5 milhões de ovinos (2 milhões a mais que hoje), que produzirão 48 milhões de quilos de lã (9 milhões a mais que hoje) e 1,5 milhão de cabeças de cordeiros abatidos (700 mil a mais).

Quanto às exportações, o Plano projeta para 2015 um total de US$ 490 milhões (US$ 169 milhões a mais que hoje), sendo US$ 340 milhões de lã, US$ 135 milhões de carne, US$ 10 milhões de ovinos em pé e US$ 5 milhões de peles ovinas.

Para a orientação estratégica prevista no plano que envolve o período de 2009 a 2015, existem três pontos chaves: 1) Capturar mais demanda de lã e carne ovina; 2) Expandir a oferta de lã e carne adequada à demanda; e 3) Melhorar a dinâmica empresarial e a articulação da cadeia.

O plano inclui 4 programas: 1) Mercados, que se busca uma meta de US$ 490 milhões em exportações; 2) Valor Ovino, com uma meta de produção de 48 milhões de quilos de lã e 1,5 milhão de cordeiros abatidos 3) Cadeia, que inclui as mesmas metas produtivas; 4) Inovação + Inclusão, que tem metas de aumento de exportações de produtos diferenciados e a incorporação de duas mil famílias de pequenos e médios produtores.

No total, o Plano tem 10 projetos pontuais, sendo 3 do Programa Mercados: 1) Acesso a mercados estratégicos - Carne; 2) Aumento da demanda interna de carne; 3) Melhor acesso e posicionamento da lã nos mercados.

O Programa Valor Ovino tem 2 projetos: 1) Difusão do Negócio Ovino; 2) Valorização das lãs uruguaias. O Programa Cadeias tem 3 projetos: 1) Expansão da produção de cordeiros; 2) Fortalecimento da cadeia têxtil; 3) Melhora da competição.

O Programa Inovação + Inclusão tem 2 projetos: 1) Inovação e desenvolvimento nas cadeias de produção; 2) Apoio a pequenos e médios produtores.

A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela equipe FarmPoint.

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