O chefe de divulgação e análise econômica do SUL, Carlos Salgado, disse que a melhora "se deveu basicamente aos preços" dos produtos que compõem o setor (lãs e produtos derivados, carnes, peles e ovinos em pé). Segundo as estatísticas do SUL, com base na Direção Nacional de Aduanas, 75,5% das vendas ao exterior corresponderam à lã e produtos de lã, que reportaram US$ 266 milhões em divisas, 12,9% a mais que no mesmo período do ano anterior.
Em volume, o Uruguai exportou nos últimos 12 meses um total de 49 milhões de quilos de lã equivalente lã suja, considerando lã suja, cardada e lavada, 20% a menos que nos 12 meses acumulados até setembro de 2010. Do total, 65,3% foram exportadas cardadas, 19,4% sujas e 15,3% lavadas. As exportações de lã cardada caíram 16,7% e as de lã suja caíram 40,2%, enquanto as vendas de lã lavada aumentaram 8,6%.
Outro dado das estatísticas divulgadas pelo SUL é a queda de 15,5% nas divisas obtidas pela carne ovina e a diminuição em dólares de 43,3% das vendas de ovinos em pé. No contexto da diminuição dos abates de ovinos e da retenção realizada pelos produtores de ovinos, Salgado disse que "a baixa na carne ovina foi em volume, mas os altos preços permitiram que a queda não fosse tão grande". Dessa forma, o Uruguai exportou nos 12 meses acumulados até setembro um total de 11,5 milhões de quilos de carne ovina, 47,8% a menos que no mesmo período do ano anterior.
Com relação aos destinos das exportações do setor ovino, o SUL informou que "foram 52" e o principal na lã e produtos derivados, em termos de valor, continuou sendo a China, com 39,3% do total, seguido por Alemanha (14,3%) e Itália (14%).
A China comprou 84,8% da lã suja, seguida por Itália, com 9,2%. No caso da lã lavada, a China também foi o maior mercado, comprando 36,9%, seguida por Itália, com 24,1%. Finalmente, no caso da lã cardada, a China comprou 26,2%, o que representou 25% a menos que no ano anterior, seguida pela Alemanha.
Com relação à carne ovina, foram 33 os destinos, encabeçados por Brasil, que comprou em setembro 40,3% do volume. Em seguida vieram China, com 16,3% e Alemanha, com 7,2%. Em divisas, a carne ovina reportou um total de US$ 72,4 milhões nos últimos 12 meses até setembro. O principal destino também foi Brasil, com 41,9%, seguido por Alemanha, com 14,5%; China, com 6,6%; Reino Unido, com 5,6%; e Países Baixos, com 5,5%.
A reportagem é do El Observador, traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.
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