"O problema é que hoje temos falta de cordeiro pesado. Em vez de entregar dez caminhões estamos entregando dois, porque não se chegou a implementar por parte das autoridades privadas medidas para que existam cordeiros pesados de 16,18 ou 20 quilos durante todo o ano. Não se trata de receber tudo junto, entre setembro e dezembro. Esse é um erro grave, porque deixamos espaço para que entrem em nossos mercados, Chile ou Argentina. Tudo isso foi transmitido ao Secretariado Uruguayo de la Lana (SUL)".
Ele disse que é necessário educar o produtor para manter cordeiros durante todo o ano, porque nesses meses, há demanda e o Uruguai não a pode satisfazer. "Isso já está sendo feito na Nova Zelândia, porque no mercado internacional, a demanda cresce fundamentalmente nos países árabes e cada vez mais há menos ovinos".
Ele disse que o preço está em torno de US$ 2,10 por quilo e é "muito bom". "Não se pode exagerar, porque não se pode mudar o preço do menu ao consumidor".
Ele disse que a carne ovina tem mercado e sua exportação será sustentada. No entanto, considerou que a abertura do mercado norte-americano para carne sem osso não alterará os preços e que o fundamental é conseguir entrar com carne com osso, que é o que os consumidores estão pedindo tanto lá como no Canadá.
Dimu disse que a Colômbia tem interesse na carne ovina com osso nacional, mas que as autoridades ainda não deram os passos para entrar nesse mercado que, quantificou, representaria 50% do que hoje é o Brasil.
"A demanda existe e existirá, o cordeiro uruguaio é apreciado em todos os lados, a tal ponto que temos tido visitas de compradores da Nova Zelândia para suprir o que faltará a eles em seus mercados".
A reportagem é do Observa, traduzida e adaptada pela equipe FarmPoint.
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