Com esse marco, o chefe de Departamento de Informação e Análise Econômica do SUL, Carlos Salgado, considerou que "o mercado estará mais que interessante, porque não haverá muita oferta e a indústria precisará matar lanares".
Embora o mercado esteja firme, pela análise de Salgado, os valores estão um pouco abaixo dos de 2008 (se paga ao produtor entre US$ 1,95 e US$ 2 por quilo de carne). A alta extração de cordeiros leves, animais que são abatidos antes, marca um panorama bastante diferente ao de outros anos em matéria de oferta.
"O que vemos é que os cordeiros estão mais leves e isso leva à previsão de que, durante o segundo semestre, a oferta de cordeiros pesados não será abundante", disse Salgado. Tudo leva a crer que "a oferta cairá e a demanda se manterá firme", disse ele, porque além disso, o setor conta com uma expectativa crescente, ante a possível abertura de novos mercados. Entre esses novos mercados está a possibilidade de entrar nos Estados Unidos a partir de setembro.
Como fato curioso, vale destacar que ao menos até o mês passado, a Jordânia passou a se converter no segundo comprador de carne ovina do Uruguai, atrás do Brasil, comprando grande parte dos cordeiros leves que estão sendo industrializados nos frigoríficos. As compras da Jordânia já estão ultrapassando as do Brasil em valor, mas não em volume.
Por outro lado, o SUL estima que o estoque ovino cairá fortemente este ano. Salgado projetou uma queda de 12%.
A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela equipe FarmPoint.
CARLOS VIANA OLMOS
Santa Maria - Rio Grande do Sul - Produção de ovinos
postado em 30/06/2009
Diante dessa constatação de que está acontecendo abate significativo de cordeiros no Uruguay e de que faltarão cordeiros para atender à demanda, pergunto qual será a tendência do mercado gaúcho quanto ao aquecimento da comercialização de cordeiros para abate.
O ano de 2008 foi, me parece, um ano em que encontramos dificuldades para colocar nossa produção. Houve uma oferta acima do normal, penso, de cordeiros do Uruguay aportando em nosso mercado, o preço da lã em queda, do cordeiro em pé também. Ainda a crise global atingindo em cheio os frigoríficos levando esses a efetuarem pagamentos com prazos. Enfim, foi um ano atípico.
Atenciosamente
Carlos Viana Olmos
Santana do Livramento, RS