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Uruguai: forte impulso para o mercado ovino em 2007

postado em 28/02/2007

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O ano de 2007 começou com perspectivas muito boas para o setor ovino do Uruguai, que viu um aumento em sua atividade ao ponto de alcançar nas primeiras oito semanas um nível de abates 32% superior ao mesmo período do ano anterior, segundo reportagem do jornal El País.

O ano começou a um bom ritmo para o setor ovino, pelo menos no que se refere à atividade industrial e de exportações em geral. Associado em parte à menor atividade com bovinos, o abate industrial acumulado supera as 220 mil cabeças até a sexta semana do ano, 32% a mais do que no mesmo período do ano anterior.

Por outro lado, as exportações de ovinos lanares em pé começaram muito bem, com empresas competindo entre si e com o setor industrial. Até agora no ano foram exportados 70 mil lanares e outros animais em fase de concretização antes da partida aos países árabes.

O reflexo natural desta situação é uma melhora nos preços das diferentes categorias lanares, especialmente as mais demandadas para exportação em pé.

O cordeiro pesado continua sendo a categoria preferida pela indústria. Sua participação crescente no total dos abates ovinos do Uruguai ratifica que este é o produto mais demandado e de melhor pagamento em nível mundial.

Apesar das restrições nos mercados, no ano passado o Uruguai teve um número recorde de abates na categoria com mais de um milhão de cordeiros abatidos, o que representou 61% de todo o setor. O crescimento é ainda mais importante considerando o volume de carne, já que o peso médio da carcaça de cordeiro vem aumentando de forma sustentada há 10 anos, quando começou no Uruguai a Operação Cordeiro Pesado.

Neste período, o peso médio aumentou seis quilos, passando de 10 quilos em média por carcaça para 16 quilos atualmente. Neste ano, o abate de cordeiros começou com um ritmo bom, alcançando 121 mil cabeças, 40% a mais que no mesmo período do ano anterior. O preço atual se mantém estável em US$ 1,6 por quilo.

As perspectivas de melhores preços incluem a abertura de novos mercados, como é o caso dos Estados Unidos, onde a carne sem osso parece ser a opção mais próxima, embora a habilitação deste mercado possa, ainda, demorar um pouco, devido às negociações envolvidas. Por outro lado, nos mercados já habilitados, é possível que o Brasil possa absorver um volume maior de cordeiros ao ocorrido no ano passado. No ano passado, os mercados da Argélia, Síria e Rússia se habilitaram para a carne com osso, possibilitando uma boa colocação do produto.

Quanto aos animais adultos, a presença de uma nova empresa exportadora de animais lanares em pé aos países árabes mobilizou o mercado. Até agora, a dinâmica comercial funcionava com o grupo Gladenur sendo o principal exportador. Agora, há competição entre as empresas e a diferença de preços com a indústria frigorífica é bem mais importante.

O menor abate de capões por parte da indústria é um reflexo desta situação. Até a semana passada, tinham sido abatidos 22 mil capões, 38% a menos que no mesmo período do ano anterior.

Esta categoria tem participação destacada nos embarques em pé e tem preços atualmente entre 20% e 30% acima da referência oferecida pelo setor industrial, que está atualmente em US$ 1,3 por quilo.
 
Por outro lado, a indústria compensa sua estrutura de abate de adultos aumentando o abate de ovelhas, com um volume que chega a 63 mil cabeças, 66% a mais que no mesmo período de 2006.

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