O membro da Associação da Indústria Frigorífica do Uruguai, Marcelo Secco, manteve há alguns dias um contato com o ministro das Indústrias, Daniel Martínez, para analisar os passos do grupo de trabalho que executa o Plano Estratégico do Setor Ovino.
Secco disse que medidas como devolução de impostos para exportação de carne ovina são uma boa ajuda, mas sozinhas não são suficientes para conseguir a recuperação do setor.
"O ovino tem uma estrutura de defesa ao mercado interno que é a eliminação do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), mas isso não basta para deixá-lo em igualdade de condições frente a outros setores. Para nós, a principal restrição é o acesso a mercados e, por isso, reclamamos uma ação mais dinâmica e agressiva frente aos Estados Unidos e UE buscando que se promovam ações concretas".
"Da tosquia à confecção pensamos que há ações de competitividade a nível industrial que podem ser tomadas, como a devolução de impostos, mas também há outras variáveis que fazem a estrutura de custos. Além disso, pensamos que é necessário ter uma atitude mais proativa na hora de bater em algumas portas para negociar restrições pontuais para a carne".
Os criadores uruguaios de ovinos esperam a abertura do mercado norte-americano, tanto para a lã como para a carne. A Sociedad Uruguaya de la Lana (SUL) manteve gestões com o Governo e conseguiu o compromisso do presidente, Tabaré Vázquez, de dar prioridade ao tema. Espera-se que os EUA abram seu mercado para a carne e que dentro do TIFA (Acordo Estrutural de Comércio e Investimentos) se inclua um acordo de têxteis.
No momento, negocia-se somente a entrada de carne ovina sem osso, mas estima-se que esse critério mudará e habilitará a carne com osso a curto prazo.
A reportagem é do Observa, traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.
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