O operador e presidente da Câmara Uruguaia de Consignatários de Lã, Gonzalo Barriola, disse que tradicionalmente a firmeza do mercado se associava com as variantes nas diferentes moedas dos principais mercados. No entanto, atualmente, tudo indica que se está diante de uma situação de firmeza derivada exclusivamente da necessidade da indústria de cobrir seus compromissos, uma vez que encontra um produtor disposto a vender se os preços o satisfazem.
Neste sentido, o empresário informou que atualmente trabalham com preços da ordem de US$ 2 para as lãs Corriedade e de US$ 3 para Merino, o que é muito atraente para o produtor. Por sua vez, destacou que neste momento, a indústria está absorvendo todo tipo de lã.
Outra coisa que influencia, segundo Barriola, é a seca, que leva o produtor a se desprender de sua lã, muitas vezes acumulada de três safras.
Por outro lado, o Secretariado Uruguayo de la Lana (SUL) concorda com isso dizendo em seu último relatório que lentamente, há semanas, se tem formado um mercado para praticamente todas as categorias com preços que foram se fortalecendo.
Segundo o SUL, o mercado internacional tem se mantido firme e em alta, a demanda do exterior começa a crescer lentamente e a interna está interessada em matéria-prima para cobrir os requerimentos do exterior. A oferta segue próxima ao comportamento de mercado, com probabilidades de tomar ou fixar uma posição de venda se suas expectativas forem cumpridas.
O relatório também se refere à seca, dizendo que em algumas regiões, ela colabora para que as necessidades dos produtores sejam outras e, em alguns casos, é provável que se a situação não mudar, a lã seja uma alternativa para enfrentar essas necessidades e dificuldades financeiras pelas quais o setor atravessa.
A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela equipe FarmPoint.
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