Foi lançado no Uruguai o leite de cabra La Kaprina em saquinhos biodegradáveis, em uma cerimônia presidida pelo diretor do Departamento de Desenvolvimento Econômico e Integração Regional, Luis Polakof, e pela engenheira agrônoma, Isabel Andreoni, que é diretora da Unidade de Montevidéu Rural.
Em 2002, a prefeitura de Montevidéu definiu uma série de políticas que buscavam mitigar os efeitos da crise econômica que afetava o Uruguai. Nesse marco, a Unidade de Montevidéu Rural pôs em marcha dois programas: a criação de hortas urbanas e a entrega às famílias mais pobres da área rural do departamento de uma cabra como fonte de proteínas. Desencadeou-se, então, um processo que teve a intervenção do Instituto Nacional de Pesquisa Agropecuária (INIA), entregando grande parte seu plantel de cabras, processo que culminou com o projeto de desenvolvimento de uma bacia caprina metropolitana.
O centro desse projeto foi construído no Parque de Atividades Agropecuárias (PAGRO), situado em Hilario Cabrera e César Mayo Gutiérrez. No PAGRO, começou-se a estabelecer um sistema de produção de pastagens orgânicas, base do rebanho da raça Saanen, e sua usina leiteira correspondente. Estudou-se e gerou-se uma tecnologia de produção adaptada às condições ambientais e estruturais de Montevidéu, extensíveis a outras áreas do país.
Através da Divisão de Relações Internacionais da prefeitura de Montevidéu, conseguiu-se o apoio de uma ONG catalaña: a Totes les mains (todas as mãos), que doaram o pasteurizador, o tanque de frio, o veículo com isolamento térmico e a máquina de ordenha. A planta pasteurizadora de leite de cabra é a única habilitada pelo Ministério da Pecuária, Agricultura e Pesca (MGAP) do Uruguai.
Em 2008, realizou-se um chamado à gestão da planta, dando sentença à Cooperativa Las Cabritas. Em outubro de 2011, o Fundo Raúl Sendic adquiriu a máquina embaladora, necessária para poder entrar no mercado com uma embalagem econômica e adaptada aos costumes uruguaios.
Agora foi lançado o leite embalado em saquinho com características OXO biodegradável. Após quatro anos apostando em uma produção inovadora, a prefeitura de Montevidéu volta a marcar sua política de inovação, trabalhando com o uso de um material de vanguarda de acordo com as últimas tendências tecnológicas a nível mundial.
O saquinho biodegradável para leite La Kaprina, incorporado com tecnologia TDPA (Totally Degradable Plastic Additives), tem as mesmas características, propriedades físicas e qualidade que uma embalagem de plástico comum. Ao ser descartado em aterro sanitário, essa embalagem se degradará na presença de oxigênio, calor e fricção mecânica em um período de 12 a 24 meses.
A reportagem é do La República, traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.
Hernandes Medrado Filho
Marcionílio Souza - Bahia - Produtor Rural,Consultor credenciado SEBRAE
postado em 16/02/2012
Muito bom saber desta embalagem para leite de cabra.
Tenho interesse em conhece-la melhor pois tambem produzo leite caprino mas embalados em saquinho comum.
Grato
Hernandes