O presidente do Secretariado Uruguayo de la Lana (SUL), Joaquín Martinicorena, estimou que os preços "estarão nos níveis atuais, 25% baixo dos da campanha passada, mas destaca que são altos. Terminamos um ano (calendário) muito bom em valores e demanda".
Por outro lado, o operador Gonzalo Barriola, disse que já estão comercializando as primeiras lãs procedentes de tosquias pré-parto pertencentes à atual safra, mas que a operação é muito escassa. "Atualmente, há poucos negócios, já que há expectativas de melhora nos produtores. Os negócios, para o caso da Corriedale, estão em cerca de US$ 3,20 por quilo, quando no começo da safra passada eram quase US$ 5 por quilo".
Barriola disse que é difícil que os valores possam baixar ainda mais, já que o estoque mundial é escasso e é difícil que se dê uma oferta massiva, tanto a nível local como internacional. "Também vai haver influência do estoque internacional de algodão, que na safra passada foi alto e incidiu contra a lã, e de questões monetárias como dólar, euro, moedas da Austrália e da Nova Zelândia".
Martinicorena disse que o lançamento da safra de lã, que será feito na Associação Rural da Flórida em 27 de julho, será um bom momento para discutir entre os diferentes membros do setor o que ocorrerá na campanha que começa. O desenvolvimento da safra é considerado fundamental para um importante número de pessoas que vivem em torno do setor, disse ele.
"A relevância da produção de lã, sobretudo para o Uruguai, é chave, especialmente em pequenas populações. Umas 6.000 pessoas participam de uma forma ou outra da safra de lã durante os seis meses que dura a mesma". Por outro lado, o Uruguai é o terceiro exportador mundial de tops e é conhecido por sua qualidade.
A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.
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