Com uma consecutiva queda no rebanho, o Uruguai tem menos oferta de carne ovina, mas a boa noticia é que essa está cada vez mais valorizada. Em maio, a tonelada de carne ovina (peso embarque) foi em média de US$ 4.498. A queda da produção mundial e uma demanda sustentada, principalmente na União Europeia (UE), são as causas da valorização e tudo parece indicar que o mercado continuará assim.
Entre primeiro de janeiro e nove de julho, a UE comprou 2.726 toneladas peso carcaça e diminuiu suas compras, já que no ano passado tinha importado 3.710 toneladas (no mesmo período). Porém, além da UE (para onde o Uruguai exporta produtos desossados) um mercado que sempre pesou muito para o Uruguai foi o Brasil, um dos poucos que importa carne com osso, reduzindo os custos industriais. No entanto, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil, no primeiro semestre desse ano, o Brasil importou 40,57% menos carne ovina uruguaia. Veja matéria relacionada sobre esse assunto.
Os países árabes começaram a demandar muita carne ovina desde o ano passado e, com uma oferta menor, a indústria frigorífica uruguaia se voltou para mercados mais rentáveis.
Nesse ano, o Uruguai voltará a ter um rebanho ovino menor, mas terá o enorme desafio de seguir valorizando o produto e, para isso, conta com novos mercados. Dentro da América do Norte, já conseguiu abrir o mercado do Canadá e Estados Unidos e espera obter a abertura do mercado do México em breve
Os bons preços estão levando os produtores a acelerar o abate de cordeiros, dando impulso a um setor que, durante anos, foi caindo gradualmente, mas que agora se levanta para posicionar-se com grande força.
A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.
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