Além das oportunidades que os mercados oferecem o grande problema é a oferta reduzida e os preços. Esse problema limita, momentaneamente, as possibilidades comerciais no mercado mexicano, onde há mais oportunidades para cortes procedentes de animais adultos (capões, borregos e ovelhas, além de cordeiros), segundo disseram alguns operadores comerciais.
O México importa entre 30.000 e 35.000 toneladas de carne ovina por ano e, entre os principais abastecedores, estão Austrália e Nova Zelândia (além dos Estados Unidos). A falta de oferta se acentua mais quando se buscam cortes de animais adultos, situação em que os preços do Uruguai ficam mais caros que os preços da Austrália e Nova Zelândia.
Porém, além da oferta e preços, o analista do Secretariado Uruguayo de la Lana (SUL), Carlos Salgado, concordou com operadores e autoridades que o México é um mercado de alto potencial e servirá como modelo. "O produtor pode ficar tranquilo que o dinheiro que está pondo no setor ovino para apostar no crescimento daatividade não é em vão. Pode-se vender a produção nos mercados mais caros. Somente há que visar ter qualidade e quantidade", disse Salgado. Segundo ele, a abertura do México é "um sinal muito potente para sustentar os preços".
Por outro lado, o embaixador uruguaio no México, Rodolfo Camarosano, disse que a abertura do país para a carne ovina uruguaia "reflete a confiança sobre os sistemas pecuários do Uruguai". Hoje, a oferta não é muita, mas não sabemos no futuro".
A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.
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