No ato de lançamento da safra laneira de 2008, o presidente do SUL, Gerardo García Pintos, alertou o Governo para a falta de competitividade do setor. Ele disse que o país tem cada vez menos ovinos, mas "cada vez mais eficientes" e, segundo os dados do SUL, o número de lanares voltará a cair este ano, ficando em 9,7 milhões de cabeças. Segundo ele, o país valoriza muito os investimentos estrangeiros, mas não os feitos internamente. Ele disse que o Uruguai tem um investimento milionário em terras, ovelhas e têxteis. "Esquecemos que há US$ 10 milhões que estão investidos pelos uruguaios há muitos anos".
Entre os pedidos, García Pintos pediu que seja eliminado o imposto de 1% na venda de semoventes que é cobrado pelas prefeituras municipais cada vez que se vende um animal, sem importar a quantidade de vezes que o animal muda de dono ao longo de sua vida.
O representante da indústria têxtil, Pedro Otegui, também pediu ações contra a desaceleração cambiária. "O magro valor do dólar, somado ao aumento dos impostos, das tarifas públicas e a baixa do regime de devolução de impostos indiretos, castigam cada vez mais a produção no campo e na indústria. Muito mais quando toda a produção é destinada à exportação e não há um mercado interno cuja inflação em dólares atenue os efeitos da desaceleração cambiária".
"Os 10 milhões de ovinos que hoje tem o Uruguai é um número razoável se o país produz lãs finas e carne ovina de altíssima qualidade", disse o presidente da Associação Agropecuária de Salto, Juan Manuel Bartaburu. Ele disse que deviam seguir o exemplo neozelandês, onde se melhorou a eficiência do setor se apoiando na tecnologia e garantiu que o Uruguai pode seguir o mesmo caminho, porque existe tecnologia disponível. Ele também aconselhou complementar a produção ovina com grãos.
As informações são do Secretariado Uruguayo de la Lana (SUL), traduzidas e adaptadas pela equipe FarmPoint.
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