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Uruguai: produtores esperam aumento para vender lã

postado em 26/08/2009

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Contrastando com o bom ritmo das tosquias pré-parto, o mercado de lã do Uruguai mostra operações muito escassas, produto de uma maior expectativa do produtor ante ao avanço dos preços e das opções que conta para obter liquidez.

O sustentado aumento dos preços internacionais durante as últimas semanas gerou certas expectativas por parte dos produtores. Os volumes de lã disponíveis não são muito significativos.

Esses dois fatores têm levado a uma redução nos níveis de oferta e de operações durante a última semana. No entanto, observou-se que os preços dos lotes comercializados mostraram tendência de alta com relação às referências anteriores.

Nesse sentido, o operador, Gonzalo Barriola, disse que mesmo havendo interesse, tanto por parte da oferta como da demanda, os negócios não se concretizam. Os poucos que se realizam marcam um nível de preços para as finuras Corriedale entre US$ 2,0 e US$ 2,10 o quilo.

No mercado internacional, o aumento da demanda, em um cenário de boa competição entre os principais setores do comércio, levou o mercado laneiro australiano, pela segunda semana consecutiva, a se fortalecer em termos de dólares dos Estados Unidos, segundo o Secretariado Uruguayo de la Lana (SUL).

O gerente geral da SUL, Gabriel Capurro, disse que as boas condições climáticas estão permitindo que as tosquias pré-parto sejam realizadas em bom ritmo. Ele disse que o que se tem visto até agora é que os rebanhos se encontram em um estado muito bom e a qualidade das lãs, em termos gerais, é boa e com bom peso do velo.

Por sua vez, o diretor do programa de Produção de Carne e Lã do Instituto Nacional de Pesquisas Agropecuárias (INIA), Fabio Montosi, disse que o que ficou evidente é que boa parte dos produtores de lã adotaram a metodologia de começar antes com as tosquias pré-parto, ao ponto de no final de julho já se terem visto rebanhos tosquiados.

Agora, mantém-se a estimativa de um volume total para a safra de 2009/2010 de 34 a 36 milhões de quilos, uma das mais baixas da história da pecuária ovina.

Na Austrália, o mercado laneiro não parou de se fortalecer uma vez que saiu do recesso de inverno. O Indicador de mercado cresceu em 25 centavos com relação ao fechamento anterior e ficou em 823 centavos por quilo base limpa. Hoje, mostra o maior valor desde o fim de setembro de 2008.

A reportagem é do El País Digital, traduzida e adaptada pela Equipe FarmPoint.

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