Desta forma, interrompeu-se o crescimento contínuo que ocorria desde 2003, quando todo o setor de carnes do Uruguai iniciava sua recuperação após a forte crise da febre aftosa. Em 2007, os abates em estabelecimentos habilitados pelo Instituto Nacional de Carnes (INAC) chegaram a 1,52 milhão de cabeças, significando 13% a menos que no ano anterior. Quanto às exportações de animais vivos, o ano fechou com um volume de 412 mil cabeças, 26% a menos que as 558 mil cabeças exportadas em 2006.
Os cordeiros continuaram liderando os abates, com 54% do total, apesar de ter havido um decréscimo de 23% com relação a 2006, com 822 mil cabeças abatidas frente a 1 milhão de cabeças abatidas no ano anterior.
Já as ovelhas tiveram um importante aumento de 25%, chegando a 438 mil cabeças abatidas, frente a 350 mil cabeças abatidas em 2006. Esta categoria significou 29% dos abates totais, situação que não ocorria há muitos anos.
Quando às exportações de gado em pé, a maioria foi de machos, diluindo parcialmente esta importante participação de fêmeas na extração total. A menor produção industrial se traduziu em um decréscimo nos volumes de carne ovina exportados em 2007, que alcançaram 21,7 mil toneladas peso carcaça, 7% a menos que em 2006.
Já os bons preços obtidos em 2007 permitiram manter as exportações em termos de valor, igualando o valor registrado no ano anterior, em US$ 49 milhões. Apesar de este valor somente representar 5% do total exportado pelo setor de carnes de Uruguai, ficando em terceiro lugar, após a carne bovina (82%) e os subprodutos (7%), trata-se do nível mais alto da história do setor ovino. O preço médio ao finalizar ao ano foi de US$ 2.246 por tonelada peso carcaça, 7% a mais que no ano anterior.
O perfil exportador se manteve praticamente sem mudanças com relação ao ano anterior, com a União Européia (UE) e o Brasil como principais destinos. Em volume, estes mercados absorveram 35% do total exportado cada um, níveis praticamente iguais aos obtidos em 2006. Em valor, a UE dominou o mercado, com 43%, seguida pelo Brasil, com 35% do total.
Neste sentido, há uma destacada melhora do preço médio de exportação ao Brasil, que chegou a US$ 2.214 por tonelada peso carcaça, 16% a mais que a média do ano anterior. No caso da Europa, o preço médio se manteve sem mudanças com relação a 2006, ficando em US$ 2.750 por tonelada equivalente peso carcaça.
O Uruguai também exportou carne ovina para destinos menores, como Arábia Saudita, Argélia e Líbia, que em conjunto representaram 10% das exportações em dólares.
Ovinos em pé
As exportações uruguaias de ovinos em pé chegaram a 412 mil cabeças em 2007, 26% a menos que no ano anterior.
Apesar de o preço médio de exportação ter aumentado em 2007, chegou a US$ 38 por cabeça FOB frente a US$ 35 do ano anterior, o mesmo não foi suficiente para compensar os menores volumes. Neste sentido, em 2007 foram gerados US$ 15,7 milhões, 20% a menos que os US$ 19,5 milhões exportados em 2006.
O Uruguai formou uma importante corrente comercial com o Brasil em 2007, que absorveu 40 mil ovinos, ainda que os envios aos países árabes continuem liderando a categoria, com 370 mil cabeças exportadas a este destino,ou seja, 90% do total.
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