Nos últimos dias o país conseguiu a habilitação do mercado da Argélia e da Rússia para cortes ovinos sem desossar. Por outro lado, estão sendo feitas análises de risco para entrar nos Estados Unidos com a carne ovina. Neste último caso, somente será permitida a entrada de cortes sem osso, após o término da análise de risco. Ainda, antes deste mercado se tornar operacional, haverá um período de 60 dias de consulta pública.
O trabalho técnico, realizado em conjunto entre o MGAP e o Secretariado Uruguaio de Lã, o qual demonstra que não há febre aftosa no Uruguai e que os ovinos atuam como sentinelas, ao conviverem nos campos com os bovinos vacinados, segue abrindo novas portas para exportar.
O documento foi apresentado inclusive na Organização Mundial de Sanidade Animal (OIE) e entregue pela delegação uruguaia aos chefes dos serviços veterinários dos países mais atrativos para a indústria frigorífica uruguaia.
Europa
Em curto prazo, o Uruguai investirá na União Européia (UE), onde vem realizando algumas gestões para ampliar a cota de 5,8 mil toneladas de carne ovina, vendo o potencial oferecido pela incorporação de 10 novos países no bloco. O presidente do Secretariado Uruguaio de Lã (SUL), Alejandro Tedesco, disse que, além do potencial de mercado na UE, existe um grande interesse na abertura deste mercado aos cortes ovinos com osso. "Se a UE abrir o mercado, depois também fará Israel, que é outro grande mercado para este produto", disse ele.
O Uruguai quer conseguir o mesmo que conseguiu a Nova Zelândia, que alcançou um aumento de 5 mil toneladas na cota, que agora é de 227 mil toneladas. Outros países que têm cota de exportação de carne ovina para a UE são Austrália (18 mil toneladas) e Argentina (21 mil toneladas), que quase nunca chega a cumprir.
"O Uruguai é o terceiro país do mundo com saldos de carne ovina exportáveis", disse Tedesco.
Produção
Espera-se uma produção muito boa de cordeiros para 2006. Na safra passada, cerca de 5,3 milhões de ovelhas produziram ao redor de 4 milhões de cordeiros. Nesta safra, o clima ajudou e deverá haver pouca mortalidade. O SUL (Secretariado Uruguaio da lã) acredita que se poderá contar com 2 milhões de machos destinados ao Operativo Cordero Pesado.
A reportagem é do jornal El País.
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