O gerente do Secretariado Uruguayo de la Lana (SUL), Gabriel Capurro, disse que, segundo as estimativas, espera-se uma baixa de cerca de 800 mil cabeças. Segundo indica o estudo, "as categorias de lanares são as que mais têm baixado, havendo, neste caso, também uma baixa no número de ovelhas".
Devido a esta situação, o rebanho ovino uruguaio ficaria em torno de 9 milhões de cabeças, aproximadamente. Capurro disse que é muito difícil saber com exatidão a tendência, porque "depende das decisões de um conjunto de produtores". Atualmente se estava trabalhando com um mercado muito firme no setor agrícola e no de carne bovina, de forma que o produtor estava reduzindo ovinos em favor dos demais setores. "Neste momento, há grande incerteza com relação aos mercados, qual será sua evolução, qual é o nível de preços com que os produtores trabalharão no próximo ano e, sobretudo, qual o nível de custos".
A carne ovina tem sido a menos afetada, com relação aos demais produtos, tendo uma baixa menor e uma melhor fluidez de colocação. No entanto, a lã tem tido uma queda importante. "Deve-se ver na equação dos produtores como ficam todos os elementos". A este cenário, disse Capurro, se soma o fator climático e forrageiro, "onde há uma dificuldade já instalada na qual o ovino se defende bem, e cabe esperar como os produtores resolverão esta situação, tomando as decisões de acordo com as expectativas que tenham considerando o mercado e a forragem disponível".
Nos próximos dias, no mês de dezembro, será apresentado um plano estratégico para o setor ovino, do qual participará a indústria de lã e a indústria frigorífica. Este plano é uma análise que as indústrias de lã, carne e produtores através do SUL e suas organizações estão realizando para ver de que maneira se pode fortalecer uma estratégia do país nos mercados de carne ovina e de lã de forma que seja para o produtor um negócio atrativo e a indústria possa continuar trabalhando. O plano estratégico analisará e proporá ações que apontem aos mercados, as estratégias de produção e aos produtos de maior colocação nos mercados.
A reportagem é do Megaagro.com.uy, traduzida e adaptada pela equipe FarmPoint.
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